Blog da Marlizinha

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Narração

A narrativa é uma forma de composição na qual há um desenrolar de fatos reais ou imaginários, que envolvem personagens e que ocorrem num tempo e num espaço. Narrar é, pois, representar fatos reais ou fictícios utilizando signos verbais e não verbais.

Há alguns tipos de narrativa:

1- uma piada

Manuel recebeu um telefonema do gerente do banco.
- Seu Manuel, estou lhe telefonando para avisar que a sua duplicata venceu .
- E quem pegou em segundo lugar ?

2- uma notícia de jornal

"A poda indiscriminada de árvores em algumas localidades de Jaú , durante o verão, tem contribuído para elevar em até 5 graus a temperatura nas calçadas. “ (Comércio do Jahu - 23-1-97)

3- um texto literário

A galinha Cocoricó estava há dias chocando seu ovo, quando ouviu um barulhinho:
- Chegou a hora ! Meu filho vai nascer!
A casca do ovo foi se partindo e uma frágil criaturinha começou a dar sinal de vida.
Cocoricó não cansava de admirar a sua cria, que, toda desengonçada , tentava equilibrar-se sobre suas cambaleantes perninhas.
Passadas algumas horas, lá estava o pintinho amarelinho, fofinho, aconchegado sob as penas de Cocoricó.
- Você vai se chamar Uto !

4- Uma história em quadrinhos

utiliza ao mesmo tempo o código verbal e o não verbal e o contexto extra-lingüístico é importantíssimo para a compreensão da linguagem.

5- Uma letra de música

“Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão “ ( Vinicius de Moraes)

6- um poema

Sonhe alto, sempre e mais
Faça a cada dia a vida
Na medida do seu sonho.
Sonhe e, ao mínimo gesto,
Seu ser inteiro empreste,
Sua marca em tudo ponha
Que o Homem não é alto
Nem baixo e se faz...
Da estatura do que sonha ! (Elcio Fernandes)

Para que a narrativa tenha qualidades, o assunto deve ser relatado de forma original e despertar no leitor interesse pelo desenrolar da história. A linguagem deve ser clara, simples, correta e a história deve parecer real, ser verossímil, isto é, deve dar a impressão de que ela pode ter acontecido. Exemplo:
“Era noite de inverno, uma daquelas não muito frias, a ocasião ideal para ouvir uma boa música. Pensando nisso, o casal se arrumou e foi ao teatro para ouvir o concerto da Banda.

O teatro estava quase lotado e percebia-se a presença de várias crianças andando ruidosamente pelos corredores.

- Ih, pensou a mulher - criança pequena e concerto é uma combinação que raramente dá certo ... Aliás, nunca dá certo.

Mas ficou quieta, não comentou nada com o marido. Poderia parecer chata, implicante. Afinal, os tempos mudaram e talvez as crianças também; elas estão tão “adultificadas” que, quem sabe, podem até apreciar um bom concerto... Será ?

O castigo veio a cavalo , pois mal ela e o marido acomodaram-se nas primeiras poltronas de uma fileira, sentaram-se justamente atrás deles, um rapaz com a esposa, seu filhinho de uns quatro anos e um senhor de idade, o avô.

- Ô mãe, quanta polícia lá no palco ! Por quê ?
- É que a banda é da polícia !
- Ô mãe, o que que aquele “ ómi” com aquela baciona vai fazer ?
- Aquilo não é uma baciona. É um instrumento. Ele vai tocar ! Aquilo é o “baxotuba”.
- O quê ? ! E aqueles “ómis” segurando aqueles bambus ?
- Não é bambu ! Também é um instrumento. Fique quietinho que quando a banda começar a tocar, você vai ver.”

Um passo preparatório para a produção de texto narrativos, é , sem dúvida, a elaboração de falas em balões, dando seqüência.

Exercícios -Recortar uma tira de uma história em quadrinhos, retirando-se delas todas as falas dos balões. Colocar outras falas, dando seqüência.



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