Tenho uma janela que dá para o mar
que dá para o mar
barcos a sair
barcos a entrar
tenho uma janela
que dá para o mar
sonhos a partir
sonhos a chegar
tenho uma janela
que dá para o mar (...)
tenho uma janela
que seria bela
seria mais bela
que qualquer janela
janela fosse ela
de Lua ou de estrela
ou qualquer janela
de qualquer escola
se não fosse aquele
pescador já velho
a pedir esmola
barcos a sair
barcos a entrar
chego-me à janela
e não vejo o mar.
Mário Crispim
Colóquio
RESOLVA AS QUESTÕES DO TEXTO:
1) O pescador velho pede esmola.
Coloca a frase no pretérito imperfeito.
2) Tenho uma janela que dá para o mar.
Coloca a frase na forma negativa
3) A janela seria mais bela se:
- houvesse mais gaivotas
- houvesse mais sol
- não houvesse um pescador pobre
- o poeta está triste pelo pescador
- o mar está azul
- a janela não se abre
- barcos a partir
- as montanhas
- muitas flores
3: C
4: A
5: A
Verbos
Escolhe a opção correcta
Já estudaste o verbo "comer" no pretérito perfeito. Qual é a opção correcta? Escolhe.
- Eu como
Tu comes
Ele come
Nós comemos
Vós comeis
Eles comem - Eu comerei
Tu comerás
Ele comerá
Nós comeremos
Vós comereis
Eles comerão - Eu comi
Tu comeste
Ele comeu
Nós comemos
Vós comestes
Eles comeram
- Eu como
SUBSTANTIVOS ou NOMES
Nomes COMUNS - referem-se a pessoas, coisas e animais, com as mesmas característcas, sem os individualizar.
Nomes PRÓPRIOS - designam uma pessoa, um animal, uma coisa... em especial. Escrevem-se sempre com letra maiúscula.
Nomes COLETIVOS - são nomes que embora no singular, indicam um conjunto de pessoas, de animais ou de coisas da mesma espécie.
Seleciona a resposta correta de cada questão.
São nomes PRÓPRIOS: Lisboa, Portugal, Tejo, Rui, Aurora, Freita
São nomes COLETIVOS: bando, cardume, multidão, arquipélago, frota.
São nomes COMUNS: garrafa, mesa, cão, menino, jardim, flor.
A Boa Ação: |
O Crime não Compensa: |
Quem Avisa Amigo É... |
Quem Avisa Amigo É... |
Os sapos
Os sapos
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.
Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas..."
Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".
Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- "A grande arte é como
Lavor de joalheiro.
Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo".
Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas,
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".
Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Veste a sombra imensa;
Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é
Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio...
Manuel Bandeira in "Estrela da Vida Inteira"
jogral - as árvores
Aluno A - Como as árvores são boas;
Todos - seguem-nos a vida inteira,
B - desde o instante em que nascemos
C - até a hora derradeira.
Todos - Quase tudo o que nós temos,
D - o banco, a mesa, a cadeira,
E - o lápis e as nossas camas,
F - quase tudo é madeira.
Todos - Os frutos que nós comemos,
A: com tanta satisfação,
B: são as árvores benditas
C: que humildemente nos dão.
D: Elas ainda fornecem
E: Tintas, borracha, papéis,
F: a sombra e o lenho sagrado
A: que anima a fé dos fiéis.
Todos - Derrubem todas as árvores
B: de nosso Estado e, por certo,
C: em pouco tempo teremos
Todos: um horroroso deserto.
Heli de Campo Melger
jogral
O NORDESTINO E A SECA
Aluno A – Deixando para trás a roça e a casa,
Aluno B – Fugindo à seca numa luta imensa,
Aluno C – O nordestino, sob um sol que abrasa,
Aluno D – Guarda no olhar a luz de eterna crença.
Aluno E – A mansa voz dos córregos calou;
Aluno A – A passarada já não canta em festa;
Aluno B – De tudo enfim, de tudo que ele amou,
Aluno C – Uma saudade amarga apenas resta.
Aluno D – E, em procissão de dor e de amargura,
Aluno E – Em busca d’água pela estrada em fora,
Aluno A – Ele ainda crê na sede que o tortura,
Aluno B – No milagre da chuva que demora.
Aluno C – E quando finda toda essa tormenta,
Aluno D – E a chuva cai num hino de esperança,
Aluno E – Na fé sublime e forte que o sustenta,
Aluno A – Ele retorna certo da bonança.
Heitor Barret1-Professor, aproveite os textos acima para fazer a leitura em forma de jogral.
Imagens que dizem muito
Estas são imagens da revista "Proteste".Com certeza enriquecerão algumas aulas
se o professor usá-las para
debates e produções de textos.
Mensagem dirigida aos professores
Prezado professor,
Sou sobrevivente de um campo de concentração, meus olhos viram o que nenhum homem deveria ver: câmaras de gás construídas por engenheiros formados, crianças envenenadas por médicos diplomados, mulheres e bebês fuzilados e queimados por graduados em colégios e universidades. Assim, tenho minhas suspeitas sobre educação.
Textos que despertam a criatividade
CIRCUITO FECHADOChinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilette, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelos, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meia, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeira, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapos, Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo, lápis, canetas, blocos de notas, espátulas, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, mercadorias, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de filme, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeira, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras, cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.
Ricardo Ramos
SUGESTÕES DE ATIVIDADES:
1- Leitura
2- Quais as características da personagem narrada?
3- Em que espaço acontece o fato?
4- Quanto tempo durou?
5- O texto foi escrito usando palavras de apenas três classes gramaticais. Quais?
6- Que classe gramatical precisaria no texto, mas não foi usada pelo autor?
7- Falar oralmente o texto, usando verbos.
8- Reescrever o texto usando os verbos necessários.
Camões
Amor é fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
ATIVIDADES DE LEITURA:
Objetivo: Desinibir os alunos tímidos, auxiliar alunos com dificuldade para ler.
1- O professor distribui o texto para os alunos.
2- O professor lê o poema em voz alta uma ou duas vezes
3- Todos os alunos lêem o texto algumas vezes em voz alta, cada aluno no seu ritmo.
4- Leitura coletiva, todos no mesmo ritmo.
5- Leitura de um ou dois voluntários
6- O professor sugere a leitura para alunos tímidos ou com dificuldade para ler.
ATIVIDADES ESCRITAS:
Pesquisar a biografia de Camões
Pesquisar outro poema de Camões
Um paradoxo é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum. Em termos simples, um paradoxo é 'o oposto do que alguém pensa ser a verdade'.
Identificar os paradoxos do poema.
Passar a última estrofe para a ordem direta
Escrever frases com paradoxos, para um amor (verdadeiro ou fictício)
Em duplas escrever um soneto. O tema pode ser livre. Para facitar, o professor pode dar as rimas finais da primeira estrofe. Exemplo:----------------------------------- oferecer
----------------------------------- ambiente
----------------------------------- paciente
----------------------------------- receber
O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os
detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um
homem.
TRABALHANDO O TEXTO:
1- Como era o lugar em que o poeta viu a personagem?
2- O poeta antecipa ao leitor que a personagem “não era um cão, não era um gato, não era um rato”. Por que alguém poderia supor, inicialmente, que a personagem fosse um desses bichos?
3- Manoel Bandeira utiliza alguns verbos característicos de atitudes de animais, referindo-se ao homem. Cite-os e justifique o emprego dos mesmos.
4- Por que o autor se refere ao homem como “bicho-homem”?
5- Que sentimento o poeta revela ao dizer “meu Deus”?
6- Que condições de vida tem o homem, segundo o poema?
7- Comente a primeira estrofe.
8- Talvez você já tenha presenciado cenas reais ou na TV como a referida no poema. Se já presenciou, como você se sentiu?
9- Cite pelo menos dois fatos que, na sua opinião, podem levar alguém a se transformar em um “bicho” como o do poema.
10- Na sua opinião, o que deveria ser feito para não acontecerem fatos como o descrito no poema?
PARÓDIA
O político
Na luxuria do plenário
Cantando votos entre os deputados.
Quando persuadia algum comparsa
Seu partido não perguntava,
Unia-se com falsidade.
O político era um cão,
Era um gato,
Era um rato.
O político, meu Deus, já foi um homem.
(autor desconhecido)
Disparate
Escreva cada uma das perguntas num papel com linhas. Distribua uma pergunta para cada aluno. Um aluno não deve saber a pergunta do outro. Os alunos deverão escrever uma resposta, limitando-se ao que foi perguntado.
Quem é ele? (escreva o nome de alguém conhecido)
Quem é ela? (escreva o nome de alguém conhecido)
Como ele estava? (Imagine como – descreva-o)
Como ela estava? (Imagine como - descreva-a)
Onde eles estavam? (Imagine o lugar – descreva-o)
Quem chegou? (Diga o nome de alguém conhecido)
O que ele disse: (Imagine - Seja criativo)
O que disse o último que chegou? (Imagine - Seja criativo)
O que ele fez? (Imagine – Seja criativo)
O que ela fez? (Imagine) – Seja criativo)
O que aconteceu com ele? (Imagine algumas ações) (Obs: Não vale dizer que morreu)
O que fez o último que chegou? (Imagine) – Seja criativo)
O que aconteceu com ela? (Imagine algumas ações) (Obs: Não vale dizer que morreu)
14- O que aconteceu com o último que chegou? (Imagine algumas ações) (Obs: Não vale dizer que morreu)
Após a escrita, os alunos poderão ler os textos ou colar o texto em mural ou papel craft, seguindo a ordem das perguntas.
1 Comentários:
Às 22 de setembro de 2010 às 20:15 , Unknown disse...
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