Blog da Marlizinha

domingo, 3 de julho de 2011

Monteiro Lobato

Monteiro Lobato visita nosso sítio

Imagine um lugar onde você ouve fabulosas histórias e ainda convive com uma boneca e um sabugo de milho que falam! Conseguiu imaginar? Pois esse lugar existe e chama-se "Sítio do Pica-pau Amarelo". Para conhecê-lo não precisa sair de casa: basta abrir os livros de Monteiro Lobato, o maior escritor de histórias infantis que o Brasil já teve ou simplesmente ligar a televisão para ver o programa que a TV Globo exibe todas as manhãs. Na telinha, os personagens e histórias que encantam crianças há cerca de 70 anos. Mas quem inventou essas histórias que continuam vivas na memória de muita gente? Ahaaaa....Essa é a nossa história desta semana. E para contá-la convidamos Edu Coruja, o professor da Turma do Plenarinho. Senta aí para ouvir porque é muito legal!

- Que história? – quis logo saber Xereta.
- É a história de José Bento Monteiro Lobato.
- Mas por que falar dele agora? – perguntou Adão.
- Eu sei, eu sei! Ele é o pai da Emília, a boneca de pano do Sítio do Picapau Amarelo – gritou Cida.
- E também porque no dia 4 de julho completam 58 anos que Monteiro Lobato morreu – completou Edu.
Bastante empolgado, Vital pediu: - Conte logo, Edu. Quero saber detalhes sobre a história de Monteiro Lobato.

O Síto do Picapau Amarelo

Personagens do Sítio do Picapau Amarelo - Narizinho, Emília, Visconde e PedrinhoO sítio é de Dona Benta, avó de Pedrinho e Narizinho, que são primos. Os dois vivem as mais doidas aventuras com a boneca faladeira Emília e o Visconde de Sabugosa, um sabugo de milho muito inteligente e metido a cientista. A boneca Emília virou uma garota toda serelepe, faladeira e invocada. Fala o que deve e o que não deve, sempre surpreendendo os amigos com suas idéias malucas.

Tia Anastácia é a cozinheira, que ajuda a resolver as confusões nas quais as crianças se metem. Só para você ter uma idéia, Tia Anastácia já tirou vespa da língua da Narizinho, depois que a garota subiu na jabuticabeira e comeu jabuticaba sem olhar; já fritou bolinhos de chuva para o dragão de São Jorge (aquele que mora lá na Lua), na tentativa de salvar Narizinho, Pedrinho e Emília, que foram parar lá... e participou de muitas outras aventuras.

O Sítio do Picapau Amarelo é um lugar incrível, mágico mesmo, onde uma boneca fala e o sabugo de milho é gente. Existem piratas, porquinhos gulosos, burros falantes, sereias, bruxas, baratas rabugentas, monstros, príncipes e um doutor caramujo. No Sítio, qualquer personagem pode aparecer, tudo pode acontecer e qualquer sonho pode se tornar real. Basta uma pitadinha de Pó de Pirlimpimpim e muita disposição para aventuras.

Mas, Pó de Pirlimpimpim?? O que é isso? É o pó que Emília, Narizinho e Pedrinho usam para se transportar para qualquer lugar. Uau!!!! Imagina só você ter um desses em casa e poder ir aonde quiser e a qualquer hora?

Pronto. Agora que você já sabe o que é o Sítio, que todo mundo já se sentou ao redor do professor Edu e a Xereta já está com o gravador preparado, vamos deixar o Edu Coruja começar a história. Fique ligado você também, Plenamigo, nesta aula do nosso mestre:

Zé Renato ou Zé Bento

- Foi Monteiro Lobato quem criou todos os personagens do Sítio do Picapau Amarelo. Mas Desenho de Monteiro Lobatovamos começar do início! Há 124 anos, no dia 18 de abril de 1882, nasceu na cidade de Taubaté, em São Paulo, José Renato Monteiro Lobato. Quando pequenino, ele era chamado de Juca, vivia na fazenda Santa Maria, onde brincava e se divertia com suas irmãs menores, Esther e Judith. Gostava de brincar com bonecos feitos de sabugo de milho, chuchu e mamão verde. Adorava pescar no rio, tomar banho de cachoeira e de passear em seu cavalo, Piquira. Ah, e tinha muuuito medo de assombração, como você, Cida.

- Eita, ele se parece muito comigo. Também adoro passar uns dias no sítio!!! – disse Cida, admirada.

- E não era só isso – continuou Edu Coruja. Juca gostava de subir em árvores e chupar frutas do pé. Ele adorava também a biblioteca de seu avô. Mergulhava nos livros e possuía uma imaginação fértil. Preferia os livros ilustrados (com desenhos). Passava horas folheando revistas e aventurando-se nos livros do avô. Juca lia muito, mas nem por isso deixou de participar da vida da fazenda, nem de brincar e se divertir a valer. E quando tinha uns 12 anos de idade, o garoto resolveu mudar seu nome.

- Ah, sim. Uma vez a professora Josefa contou que ele quis trocar o nome para José Bento, porque queria ganhar uma linda bengala de seu pai, José Bento Marcondes Lobato, com as mesmas iniciais, JBML. Aí seu nome passou a ser José Bento Monteiro Lobato - informou Cida.

- É verdade! - confirmou Edu. - Naquela época, era muito chique os homens usarem bengala e cartola. Mas então, continuando... Quando ele tinha 15 anos, aconteceu algo muito triste. Ele perdeu o pai e, no ano seguinte, a mãe. Então, foi morar com seu avô, que era o famoso Visconde de Tremembé. Aos 18 anos, para fazer a vontade do vovô, o jovem Juca foi para São Paulo, estudar Direito.Muito interessado na história, Adão ficou com uma dúvida.

- Ué, Edu, mas Monteiro Lobato não se destacou como escritor? Então, por que foi estudar Direito, e não Letras?

- Adão, para que o menino Juca se transformasse no famoso escritor Monteiro Lobato, ele precisou estudar muitas coisas: foi aprendiz de escritor, jornalista, promotor de justiça, fazendeiro, editor de livros, para só então mais tarde se tornar um autor famoso. Entendeu?

- Nossa, que legal! E depois, e depois? – perguntou Légis, toda empolgada.

- Monteiro Lobato seguiu para o lado da escrita. Lançou seu primeiro livro infantil, A menina do Narizinho Arrebitado, em 1920, e a partir daí se tornou um escritor infantil muito importante (e bota importante nisso).

- Edu, Edu!!! – gritou Xereta. Eu acabei de ler aqui uma entrevista sobre ele que dizia que Lobato era amado pelas crianças!

- É verdade, Xereta, ele sempre se correspondia com elas, visitava escolas e bibliotecas, além de abraçá-las e responder às perguntas e curiosidades das crianças. Foi a partir das histórias de Lobato que teve início a literatura infantil brasileira.

Após terminar a história, o professor Edu Coruja pediu aos amigos da Turma que fossem pesquisar mais sobre Monteiro Lobato. Vamos ver o que essa turminha descobriu? É só prestar bastante atenção, porque coisa interessante é o que não falta.

Os livros

Livros de Monteiro LobatoAgora que o professor Edu já nos contou sobre a vida de Monteiro Lobato, precisamos conhecer mais sobre sua obra (conjunto de livros), concorda? Sabe quando ele começou a escrever? Quando tinha apenas 14 anos! Ele escreveu pela primeira vez para os jornaizinhos da sua escola, o Colégio Paulista. Depois disso, não parou mais.

Em 1918, publicou seu primeiro livro, Urupês, e no mesmo ano lançou o livro Saci-Pererê. Suas obras incluem livros, histórias infantis, escolares, romances, folhetins (trechos de romances publicados dia a dia num jornal) e contos. São 30 volumes, 17 infantis e 13 destinados ao público adulto. Lobato escreve de forma clara, irônica (ironia é quando a pessoa fala uma coisa querendo dizer justamente o contrário) e de fácil entendimento.

Monteiro Lobato é muito conhecido pelas divertidas histórias infantis, mas também foi importante por escrever romances e contos adultos. Na maior parte, a obra de Lobato é resultado da reunião de textos escritos para jornais e revistas. Juntava e fazia um livro. O livro Urupês, por exemplo, foi montado assim, por meio da seleção de contos que já haviam sido publicados em periódicos.

Sem papas na língua, Lobato fazia, em suas obras, reflexões sobre o Brasil e temas importantes do seu tempo, como educação, violência, cidadania, ética e questão agrária (ocupação da terra). Sempre participou de campanhas relacionadas a esses temas.

Além de escrever, Monteiro Lobato também traduziu livros importantes, contribuindo para colocar o leitor brasileiro em dia com o que se lia no resto do mundo. Mas ele não se contentava apenas em traduzir os textos de uma língua para outra. Procurava também torná-los claros e mais fáceis de ler. Legal, não?

Curiosidade

Monteiro Lobato segurando uma máquina fotográfica Você já sabe que Lobato foi escritor, jornalista, redator, promotor e que deu vida à boneca Emília, entre outros personagens, mas o que não sabe ainda é que ele também foi fotógrafo. E um ótimo fotógrafo, por sinal!! Gostava de tirar fotos da família, além de passar horas seguidas registrando em sua lente paisagens e ações do dia-a-dia. Uau! Interessante, não é mesmo? Ficou com vontade de ver algumas das fotos tiradas por ele? É pra já! É só clicar aqui e ver algumas fotos feitas por ele, além de desenhos e pinturas.

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