Blog da Marlizinha

domingo, 19 de junho de 2011

Os intertextos nossos de cada dia ...

Autor: Walleska Bernardino Silva
Co-autor:Eliana Dias
Estrutura Curricular
Língua Portuguesa:
Análise linguística: modos de organização dos discursos
Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Relações sociopragmáticas e discursivas
Língua oral e escrita: historicidade da linguagem e da língua
Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
■Compreender textos relacionando-os a outros textos (noção de intertextualidade);
■identificar a relação entre texto e imagem;
■reconhecer a importância do diálogo entre textos para a produção de sentidos;
■identificar os tipos de intertextualidade: epígrafe, citação, paráfrase, paródia, pastiche, tradução,referência e alusão.
Duração das atividades: 2 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
■Noção de linguagem, língua e texto.
■Relações intertextuais.
■Conhecimento do gênero propaganda.
Estratégias e recursos da aula
Estratégias:
■atividades em duplas;
■discussão coletiva;
■dinâmica de correlação entre nome e exemplar intertextual.
Recursos:
■data show;
■quadro;
■xerocópias de textos.
Aula 1
Atividade 1
O professor iniciará a aula mostrando aos alunos, por meio do data show, a tirinha do Snoop:
Em seguida, questionará apenas oralmente:
■Vocês conseguiram compreender a tirinha?
■Por que vocês acreditam que isso aconteceu?
O professor fará com que os alunos reflitam que o conhecimento da expressão “Flautista de Hamelin” é crucial para o entendimento da tirinha.
Para comprovar essa afirmação, o professor lerá em voz alta a história “O flautista de Hamelin”:


O flautista de Hamelin
Irmãos Grimm

Ninguém conseguia imaginar a causa de tal invasão e, o que era pior, ninguém sabia o que fazer para acabar com tão inquietante praga.
Por mais que tentassem exterminá-los, ou ao menos afugentá-los, parecia ao contrário que mais e mais ratos apareciam na cidade.
Tal era a quantidade de ratos que, dia após dia, começaram a esvaziar as ruas e as casas, e até mesmo os gatos fugiram assustados.
Ante a gravidade da situação, os homens importantes da cidade, vendo perigar suas riquezas pela voracidade dos ratos, convocaram o conselho e disseram: Daremos cem moedas de ouro a quem nos livrar dos ratos.
Pouco depois se apresentou a eles um flautista taciturno, alto e desengonçado, a quem ninguém havia visto antes, e lhes disse: "A recompensa será minha. Esta noite não haverá um só rato em Hamelin".
Dito isso, começou a andar pelas ruas e, enquanto passeava, tocava com sua flauta uma melodia maravilhosa, que encantava aos ratos, que iam saindo de seus esconderijos e seguiam hipnotizados os passos do flautista que tocava incessantemente.
E assim ia caminhando e tocando, levou-os a um lugar muito distante, tanto que nem sequer se poderia ver as muralhas da cidade.
Por aquele lugar passava um caudaloso rio onde, ao tentar cruzar para seguir o flautista, todos os ratos morreram afogados.
Os hamelineses, ao se verem livres das vorazes tropas de ratos, respiraram aliviados.
E, tranquilos e satisfeitos, voltaram aos seus prósperos negócios e tão contente estavam que organizaram uma grande festa para celebrar o final feliz, comendo excelentes manjares e dançando até altas horas da noite.
Na manhã seguinte, o flautista se apresentou ante o Conselho e reclamou aos importantes da cidade as cem moedas de ouro prometidas como recompensa.
Porém esses, liberados de seu problema e cegos por sua avareza, reclamaram: “Saia de nossa cidade!
Ou acaso acreditas que te pagaremos tanto ouro por tão pouca coisa como tocar a flauta?".
E, dito isso, os honrados homens do Conselho de Hamelin deram-lhe as costas dando grandes gargalhadas.
Furioso pela avareza e ingratidão dos hamelineses, o flautista, da mesma forma que fizera no dia anterior, tocou uma doce melodia uma e outra vez, insistentemente.
Porém esta vez não eram os ratos que o seguiam, e sim as crianças da cidade que, arrebatadas por aquele som maravilhoso, iam atrás dos passos do estranho músico.
De mãos dadas e sorridentes, formavam uma grande fileira, surda aos pedidos e gritos de seus pais que, em vão, entre soluços de desespero, tentavam impedir que seguissem o flautista.
Nada conseguiram e o flautista os levou longe, muito longe, tão longe que ninguém poderia supor onde, e as crianças, como os ratos, nunca mais voltaram.
E na cidade só ficaram seus opulentos habitantes e seus bem repletos celeiros e bem cheias despensas, protegidas por suas sólidas muralhas e um imenso manto de silêncio e tristeza.
E foi isso que se sucedeu há muitos, muitos anos, na deserta e vazia cidade de Hamelin, onde, por mais que se procure, nunca se encontra nem um rato, nem uma criança.
Sugestão :






Depois que os alunos leram a história silenciosamente, o professor deverá perguntar:
■E, agora, a compreensão de vocês com relação à tirinha mudou?
■O que lhes possibilitou isso?
O professor, a partir dessas perguntas, discutirá ainda oralmente com os alunos sobre a necessidade do conhecimento de outros textos ou a relação que devemos empreender entre os textos para a compreensão de uma dada produção.
Atividade 2
O professor agora mostrará à turma, no data show, textos diversos que necessitam para sua compreensão do conhecimento de outros textos que já circulam ou circularam socialmente.
A cada apresentação, pedirá um aluno para explicar oralmente a qual texto a imagem ou produção se relaciona.
a)

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeoWJ_CuXrKmIV23StebB5T44YKhIVvuyxxk036i8y8KJIvxfcbmKSMIjOc7_kIFq3qp7usU4ZKXp7fY3s8id4XANVB1SxuKIMKtBS34xwW0sXipvEF_A7oZd6U8mxH1R3gcB0Jpaw324/s1600-h/Chico.jpg

b)

c)
d) Propaganda televisiva

e)Filme Shereck

Ao final das discussões, o professor formalizará, no quadro, com os alunos, o conceito de intertextualidade: “Relação ou diálogo entre textos”.

Atividade 3
Produção de texto:
Nesta atividade, o professor solicitará aos alunos, que trabalharão em duplas, a produção de uma propaganda, cujo objetivo seja vender a importância da intertextualidade para a comunicação, seja esta por meios verbais ou não.
Importante: professor, oriente seus alunos sobre a relevância da identificação de outros textos na e para a comunicação. Faça isso ao longo das discussões propostas na atividade 2.
Aula 2
Atividade
Nesta aula, o professor deverá propor uma aula lúdica, uma disputa entre grupos:
Nesta aula, os alunos conhecerão os tipos de intertextualidade: epígrafe, citação, paráfrase, paródia, pastiche, tradução, referência/alusão.
Para organizar esse conhecimento, o professor deverá levar para a sala fichas contendo os nomes dos tipos de intertextos.
Dividirá a sala em dois grupos e para cada um entregará fichas que contenham os nomes dos 7 tipos de intertextos que serão trabalhados.
A tarefa dos alunos será a de relacionar a ficha recebida contendo nome do tipo de intertexto com o seu exemplar.
O grupo campeão será aquele que tiver o maior nº de acertos.
Importante: caso o professor deseje grupos menores na sala, basta fazer mais fichas e levar mais exemplares de textos ou xerocopiá-los em maior número.

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