Blog da Marlizinha

domingo, 19 de junho de 2011

A intertextualidade/Relacionando textos diversos - 10/06/11

A INTERTEXTUALIDADE

Autor: Tânia Guedes Magalhães
Co-autor:Cristina Weitzel
Estrutura Curricular
Língua Portuguesa:
Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Análise linguística: organização estrutural dos enunciados
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
Esta aula tem o objetivo de Desenvolver a capacidade de relacionar textos diversos, identificando um intertexto.
Duração das atividades:3 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Habilidades básicas de leitura e escrita e conhecimentos sobre antíteses e paradoxos
Estratégias e recursos da aula
Aula 1
A) Professor, apresente a seguinte imagem aos alunos:


“Mon Bijoux deixa sua roupa uma perfeita obra-prima.”
Fonte: http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno09-02.html

B) Indague se eles já conheciam a propaganda e se sabem a que outra imagem famosa ela refere-se. Mostre então a imagem abaixo e explique sobre a tão famosa obra.

Informações sobre a obra:
Mona Lisa (ou La Gioconda) é uma famosíssima obra de arte feita pelo italiano Leonardo da Vinci.
O quadro, no qual foi utilizada a técnica do sfumato, retrata a figura de uma mulher com um sorriso tímido e uma expressão introspectiva.Atualmente, o quadro fica exposto no Museu do Louvre, em Paris, França.
Mona Lisa é, quase que certamente, a mais famosa e importante obra de arte da história, sendo avaliada, na década de 1960, em cerca de 100 milhões de dólares americanos, lhe conferindo também, o título de objeto mais valioso, segundo o Guinness Book.
C) Apresente então as demais imagens ( imagens capturadas em http://www.hortifruti.com.br/campanhas/campanhas-hortifruti.html )


B) Chame a atenção dos alunos para a criatividade da marca Hortifruti em uma campanha publicitária e esclareça que todas as propagandas basearam-se em textos já existentes.
Fonte: http://www.brasilescola.com/artes/mona-lisa.htm
Ajude-os a chegarem aos textos originais.
C) Introduza o conceito de intertextualidade.
Intertextualidade é a relação entre dois textos em que um cita o outro.
Assim, qualquer texto que se refere a assuntos abordados em outros textos é exemplo de intertextualização.
A intertextualidade pode ocorrer em textos escritos, músicas, pinturas, filmes, novelas etc. Esclareça que, dependendo da situação, a intertextualidade tem funções diferentes que dependem dos textos/contextos em que ela é inserida.
D) Pergunte aos alunos: Sabendo que os textos acima fazem parte de propagandas, qual a intenção do autor ao utilizar intertextos?
Você acha que essa foi uma boa ferramenta para as propagandas?
Aula 2
E) Entregue aos alunos o texto abaixo:
Texto 1:
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria.
O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.
Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O Amor nunca falha.
Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor.
(Bíblia, I Coríntios 13)
F) Peça aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto.
Em seguida, faça você, professor, uma leitura em voz alta para os alunos.
Procure dar a entonação e as pausas adequadas, fazendo desta uma leitura bastante expressiva e contagiante.
G) Pergunte aos alunos o que acharam do texto, se gostaram, se não gostaram, (por quê?) e se o compreenderam.
H) Entregue aos alunos o texto abaixo:
Texto 2:
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Soneto 11 de Luiz Vaz de Camões (Rimas)
I) Peça aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto.
Em seguida, distribua cada verso do poema para cada aluno da turma.
Dependendo do número de alunos da turma, divida-a em 2 grupos e então distribua os versos do poema para cada aluno de cada grupo.
Peça para que os grupos reunam seus participantes e elaborem uma forma de recitar o poema. Cada aluno deverá apresentar um verso, atentando-se para a entonação necessária e a emoção que deve passar.
J) Pergunte aos alunos o que acharam do texto, se gostaram, se não gostaram (por quê?) e o que sentiram ao ter que recitá-lo.
K) Entregue aos alunos os exercícios abaixo:
Exercícios
1. Em poucas linhas, escreva o assunto do texto I.
2. Tendo em vista que o texto I foi tirado da Bíblia, qual é o seu público alvo?
3. Agora, em poucas linhas escreva o assunto do texto II.
4. Em sua opinião, qual é o objetivo comunicativo do texto II.
5. Considere as definições:
Antítese – Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.
Paradoxo - é uma afirmação ou opinião que à primeira vista parece ser contraditória, mas na realidade expressa uma verdade possível.
O poema de Camões é composto por antíteses e paradoxos.
a) Dê um exemplo de antítese.
b) Dê um exemplo de paradoxo.
c) Que sentido essas figuras de linguagem trazem para o texto?
6. Qual o aspecto semelhante entre os dois textos?
7. A concepção de amor é diferenciada nos dois textos. Explicite essa diferença.
(Professor, guie os alunos para a percepção do tratamento diferenciado dado ao amor nos dois textos. No texto I, o amor é tratado como generoso, caridoso, enquanto no texto II, temos o amor possessivo, contraditório.)
L) Peça que os alunos façam os exercícios e depois os corrija juntamente com os alunos.
Aula 3
M) Relembre os dois textos estudados na aula passada. Se julgar necessário, releia-os ou peça que os alunos leiam em voz alta.
N) Entregue o texto abaixo aos alunos. Professor, a sugestão é que você leve a música para os alunos ouvirem e peça que acompanhem a música com a leitura silenciosa da letra.
Texto III
Monte Castelo
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja Ou se envaidece...
O amor é o fogo
Que arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamento
Descontente
É dor que desatina sem doer...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É um não querer
Mais que bem querer
É solitário andar
Por entre a gente
É um não contentar-se
De contente
É cuidar que se ganha
Em se perder...
É um estar-se preso
Por vontade
É servir a quem vence
O vencedor
É um ter com quem nos mata
A lealdade
Tão contrário a si
É o mesmo amor...
Estou acordado
E todos dormem, todos dormem
Todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
(Renato Russo – Legião Urbana, “As quatro estações”, 1989.)


O) Após a leitura/escuta, pergunte aos alunos se eles já conheciam a música, o que acharam dela e por quê.
P) Pergunte se eles conseguem ver semelhanças entre a letra da música e os dois textos lidos anteriormente. Ressalte que essas semelhanças compõem uma relação de intertextualidade.
Q) Peça que grifem na letra as partes que “dialogam” com o Texto I e as que “dialogam com o Texto II.
R) Comente com os alunos sobre a relevância da música Monte Castelo ao trazer para os jovens dos anos 80 (quando a música foi lançada) dois escritores tão distantes.
Vale ressaltar que o poema de Camões data do século XVI e compõe a vasta gama de produção do período do Classicismo; já a carta do apóstolo Paulo à Igreja de Corinto, registrada na Bíblia, foi escrita em Éfeso, no século I d.C .
S) Apresente a imagem abaixo para os alunos em retroprojetor.


T) Pergunte se já conheciam tal hino e com qual outro hino ele tem relação de intertextualidade.
U) Apresente os conceitos abaixo aos alunos.
A intertextualidade pode ocorrer sob as formas abaixo:
Paráfrase - A paráfrase consiste em refazer um texto fonte em função de seu conteúdo.
É uma categoria que abrange resumos, condensações, atas, adaptações relatórios.
Paródia - A paródia é a recriação de viés crítico, com intenção cômica ou satírica.
Na paródia, o texto fonte não é apenas o ponto de partida.
Ele permanece entrevisto no espaço do texto recriado, sem o que se perde o efeito de sentido da paródia.
Plágio - O plágio consiste na apropriação ou imitação, essencialmente ilícita, de texto alheio. Pode ser parcial ou total, distinguindo-se da paráfrase e da paródia por ocultar seu processo de criação.
A facilidade, criada pela internet, do acesso a textos alheios aumentou consideravelmente a prática do plágio nos meios acadêmicos.
V) Pergunte se o “Hino Nacional da Propaganda” pode ser classificado como paráfrase, paródia ou plágio.
Recursos Complementares
Recomendamos consultar o link abaixo:
Avaliação
Entregue uma cópia dos textos abaixo para os alunos
Texto IV
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Gonçalves Dias (1843)
Texto V
Trecho do Hino Nacional Brasileiro
(...) Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
“Nossos bosques têm mais vida”,
“Nossa vida” no teu seio “mais amores”.
Joaquim Osório Duque Estrada (1909)
Texto VI
Canção do Exílio
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
Murilo Mendes (1930)
Peça aos alunos que leiam os textos silenciosamente.
Após a leitura silenciosa, peça aos alunos que façam uma leitura em voz alta.
Cada aluno deverá ler uma parte dos textos.
Ressalte a importância da impostação de voz e da entonação.
PROFESSOR: essa é uma sugestão.
Caso queira fazer um círculo, ou outra dinâmica para a leitura, adapte a atividade à sua turma.
Quanto ao texto IV( "Canção do exílio" de Gonçalves Dias ), peça que os alunos relacionem o título ao texto.
Foi escrito em julho de 1843, em Coimbra, Portugal.
Sua temática é própria da primeira fase do Romantismo brasileiro, em sua mescla de nostalgia e nacionalismo.
Gonçalves Dias compôs o poema cinco anos depois de partir para Portugal, onde fora cursar Direito na Universidade de Coimbra.
Proponha as atividades abaixo que deveram ser feitas individualmente e entregues a você, que após corrigi-las as devolverá:
Leia atentamente os textos para responder às questões abaixo:
1. Levando em consideração que o poema de Gonçalves Dias foi escrito primeiro, qual a relação estabelecida entre ele e o Hino Nacional (são semelhantes ou opostos)?
Trata-se de uma paródia, uma paráfrase ou um plágio?
Justifique suas respostas.
2. Comparando os textos IV e VI que relação percebemos (são semelhantes ou opostos)?
Podemos dizer que o texto VI é uma paródia, uma paráfrase ou um plágio?
Justifique suas respostas.
Solicite que os alunos pesquisem na internet vídeos ou figuras que apresentem intertextualidade. Marque uma data para que eles apresentem sua pesquisa para a turma e expliquem a intertextualidade encontrada nas fotos ou vídeos.


O sonho de Dalí

Autor: Juliana Gomes de Souza Dias
Co-autor:Eziquiel Menta
Estrutura Curricular
Artes Arte Visual:
Apreciação significativa em arte visual
Produção do aluno em arte visual
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
Apresentar aos alunos algumas obras de Salvador Dali e despertar neles a imaginação e criatividade na leitura das obras.
Duração das atividades
2 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Não são necessários conhecimentos prévios.
Estratégias e recursos da aula
Aula 01:
O professor deverá iniciar a aula apresentando algumas obras de Salvador Dali:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/1871/imagens/A_persistencia_da_memoria_1931.jpg
A persistência da memória

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/1871/imagens/Enigma_de_desire_1929.jpg
O enigma de desire
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/1871/imagens/um_segundo_antes_de_despertar_de_um_sonho.jpg
Um segundo antes Despertar de um Sonho causado pelo vôo de uma Abelha Cerca de Romãs, 1944

Ao apresentar as obras peça que os alunos citem o que vêem e o que sentem em relação às imagens. Anote no quadro as respostas dos alunos.
Agora distribua para a turma o texto Poema pra Dalí de Katia Canton disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/poema-dali-423416.shtml

Poema para Dalí

Era uma vez
Um sonho de menino
Estranho,
Versátil,
Admirável.
De repente, o tempo não existia mais
Tinha parado,
Congelado,
suspendido.
O relógio começou a escorregar por entre as suas mãos
E o tempo foi derretendo.
O menino então falou comigo:
"eu penso, eu digo e falo
o que vem na mente.
E você sente"
Juntos, escrevemos automaticamente
Tudo o que vem à cabeça
Sem censura
nem suspiro.
A gente se entende.
As imagens que surgem do texto são bonitas.
Surgem Dalí e daqui
Tem sol, tem mar, têm casas e árvores
E tem gente estranha.
As cenas são improváveis
E o ritmo é de um sincopado que não existe,
nem nas mais exóticas músicas que ouvimos.
Apenas sonho de meninos?
Se eu fosse um artista
surrealista
Eu também sonharia assim
Perguntaria teu nome
E no meio da fome
Pediria pra você ficar e pintar comigo
Eu iria me nutrir da tua mão de chocolate
E da tua pele de pêssego.
Juntos, iríamos passar tinta, comemorar
e colorir todos os sonhos do mundo.
Poema de Katia Canton
ilustrado por André Davino
Após a leitura do texto deverá ser feito um breve debate entre as imagens e o texto.
Durante o debate o professor deverá instigar a imaginação dos alunos e a criatividade, ressaltando a importância do respeito às opiniões dos colegas, a discussão das idéias, desenvolvendo o senso crítico, a reflexão, etc.
Atenção professor!
Durante o debate contextualize as obras e o artista para turma, falando sobre o movimento surrealista, principais artistas e características das obras de Salvador Dalí.
Em Recursos Complementares indicamos alguns sites para consulta sobre o tema.
Aula 02: Soltando a imaginação:
Agora que os alunos já conhecem um pouco mais sobre o movimento do surrealismo e sobre o artista Salvador Dalí é hora de soltar a imaginação e a criatividade para interpretar o conto “O quadro de pano”, disponível nos recursos:
Contos populares: parte 1 (disponível em: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/2277)
Contos populares: parte 2 (disponível em: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/2282)
Contos populares: parte 2 [Categorias Literárias]
Contos populares: parte 4 [Categorias Literárias]
Contos populares: parte 5 [Categorias Literárias]
Contos populares: parte 7 [Categorias Literárias]
Após a apreciação do áudio o professor deverá distribuir para os alunos folhas de papel no tamanho A3, tinta guache e pincel.
Cada aluno deverá criar uma obra expressando sua interpretação do conto.
Atenção professor!
Reproduza quantas vezes for necessário o áudio da história, para que os alunos compreendam e interpretem o conto.
Ao término da atividade, cada aluno deverá apresentar para a turma o seu trabalho e explicar sua obra.
Recursos Educacionais
Nome Tipo
Contos populares: parte 2 [Categorias Literárias] Áudio
Contos populares: parte 4 [Categorias Literárias] Áudio
Contos populares: parte 5 [Categorias Literárias] Áudio
Contos populares: parte 7 [Categorias Literárias] Áudio
Recursos Complementares
Salvador Dali
Revista Nova Escola: Era uma vez: 23 poemas, canções, contos e outros textos para enriquecer o repertório dos seus alunos. Edição especial nº. 13. Abril, 2007.
Avaliação
O professor deverá construir junto com a turma os critérios e habilidades a serem avaliados durante a aprendizagem, pois assim os alunos ficarão cientes da forma como serão avaliados.
Durante o processo o professor deverá instigar a participação de todos; o respeito às opiniões; o desenvolvimento do senso crítico; o respeito aos direitos do próximo; e a civilidade.
O TEMPO COMO TEMA DE POEMAS E MÚSICAS
Autor: LUCILENE HOTZ BRONZATO
Co-autor:MARIA CRISTINA WEITZEL TAVELA
Estrutura Curricular
Língua Portuguesa Língua oral e escrita:
Prática de escuta e de leitura de textos
Prática de produção de textos orais e escritos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
Os alunos poderão aprender que o "tempo" é um tema instigante para todos os setores das artes. Lerão poemas clássicos com esse tema, ouvirão canções e analisarão um das obras mais conhecidas de Salvador Dali, A persistência da memória.
Duração das atividades
5 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Para esta sequência didática não é necessário nenhum conhecimento como prerrequisito.
Estratégias e recursos da aula
ETAPA1: ( duas aulas de 50 minutos)
Professor, assista com seus alunos ao vídeo ou escute o áudio da canção “Senhor do tempo” de Charles Brown Jr, disponível em http://letras.terra.com.br/charlie-brown-jr/300373/.
Discuta com os alunos as várias acepções da palavra “tempo” que aparecem na música.
Mostre-lhes uma reprodução da obra de Salvador Dali, “A persistência da memória” ( Professor, essa obra é também conhecida como "Relógios moles") .
Discuta a concepção de tempo suscitada pela pintura de Dali.
Professor, você poderá se informar em alguns sites sobre Salvador Dali e sobre a sua obra ( ver recursos complementares).
Peça aos alunos que tentem enumerar os símbolos que representariam o tempo, além do relógio (eles deverão se lembrar, por exemplo, da ampulheta).
ETAPA 2:
Faça com os alunos um levantamento de provérbios, citações, pensamentos que eles já tenham ouvido sobre o tempo.
Por exemplo, diz-se que "tempo é dinheiro", que "o tempo tudo cura", que "o tempo é o senhor da razão"...
Monte um painel ilustrado com os símbolos do tempo e esses conhecimentos populares ( modelo cultural popular).
Após o painel do tempo ter sido montado, apresente aos alunos a canção “ Tempo rei ", de Gilberto Gil, disponível em http://letras.terra.com.br/gilberto-gil/46247/ .
Trabalhe a concepção de tempo vigente na canção.
ETAPA3:
Professor, divida a turma em duas equipes.
A uma das equipes distribua o poema de Mário Quintana Ah! Os relógios, disponível em http://poetamarioquintana.blogspot.com/2009/01/mario-quintana-ah-os-relogios.html

Ah! Os relógios
Amigos, não consultem os relógios
quando um dia em for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais um necrológios...
Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.
Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.
E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...

A outra equipe distribua
O relógio, de Cassiano Ricardo
(http://blogdoporto.com.br/2010/08/o-tempo-cassiano-ricardo/)

"Diante de coisa tão doida
Conservemo-nos serenos
Cada minuto da vida
Nunca é mais, é sempre menos
Ser é apenas uma face
Do não ser, e não do ser
Desde o instante em que se nasce
Já se começa a morrer."


Cassiano Ricardo é um poeta joseense que muito contribuiu para a literatura nacional.
Esta avaliação baseia-se no texto “O relógio” desse poeta.
Questões
1) Para o poeta o que representa o relógio?
2) Na primeira estrofe do poema, diante do inexorável, o poeta manifesta qual sentimento?
3) Em todo o poema, há a presença constante de algo inevitável para todo ser humano. De que se trata?
4) Quando se completa 15 anos, para o poeta você tem 15 anos positivos ou negativos? Por quê?
5) Os versos curtos e ritmados do poema podem representar:
a)o tique-taque ininterrupto do relógio.
b)as batidas do coração.
6) Podemos afirmar que perpassa todo o poema que sentimento?
7) Em que o relógio faz pensar?
8) Ser, para o poeta
Desafie as duas equipes a analisarem e interpretarem de modo coerente e relevante os poemas.


Um representante de cada equipe deverá expor a interpretação para a turma toda.
A equipe que conseguir o fazer melhor deverá ser premiada.
ETAPA 4:
Retome com os alunos as diferentes acepções da palavra "TEMPO", trabalhadas até esse momento .
Recorte tiras de papel, peça aos alunos que escrevam as diferentes conotações do "TEMPO" ( transcorrer das horas, estado do clima, momento histórico, etc) e peça-lhes que colem aleatoriamente no painel do tempo.
Distribua mais alguns poemas cujo tema é o TEMPO, como os ombros suportam o mundo (http://www.releituras.com/drummond_osombros.asp
O tempo passa? Não passa (http://www.astormentas.com/din/poema.asp
Peça aos alunos que declamem os poemas e os colem no painel do tempo.
ETAPA 5:
Professor: faça com seus alunos uma leitura dirigida do poema "O que é o tempo?", de Paula Fonseca. Para tanto, vá exibindo o vídeo http://www.youtube.com/watch?v=hklGHIdfH3w.

Recursos Complementares
Sobre a pintura "A persistência da memória", de Salvador Dali, leia: In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-09-17].
Disponível em Quadro "Persistência da memória" disponível em
http://www.infopedia.pt/ $persistencia-da-memoria-(pintura)
Avaliação
Professor:
Divida os alunos em duplas e peça-lhes para montar um RELÓGIO POÉTICO, no qual a decoração de fundo sejam versos de poemas e canções sobre o tempo.
Exponha os relógios pela escola.
Salvatore Dali: artista de infinita grandeza
Surrealismo
Autor: Adriana Alencar de Oliveira Cruz
Estrutura Curricular
Ensino Médio :Arte Visual: Contextualização
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Trabalhar leitura imagética e releitura do texto de Salvatore Dali
Estudar biografia desse artista catalão que unificou poesia e artes plásticas
Estudar características do Surrealismo
Produção de releitura
Produção de texto escrito
Duração das atividades
3 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
O aluno deve ter em mente a importância da arte como forma de recriação da realidade e de resignificação de pensamentos e sentimentos, contextualizados na sua interação com o mundo e na constante subjetividade que a vida nos impõe e expõe a cada momento.
Estratégias e recursos da aula
Passos da aula
* Primeira aula:
Ouvir a música Leve de Jorge Vercilo, distribuir a letra e cantar com a turma: http://letras.terra.com.br/jorge-vercillo/46662/
Assistir ao vídeo da música de Jorge Vercilo no YouTube
Ouvir novamente a música, debater idéias e impressões sobre a mesma.
Abordar o nome de Salvatore Dali e fazer um breve comentário sobre a vida do artista.
Exibir galeria de Salvador Dali no Data show:
Debate de idéias: Características do surrealismo e sensações despertadas
1.Que sentimentos foram aguçados ao olhar essas obras?
2.O que são sonhos visuais e realidade?
* Segunda aula:
Exibir o vídeo A incrível arte de Salvatore Dali:
Dividir a turma em equipe, estudar a biografia do artista através de pesquisa na Internet.
Cada equipe se responsabilizará pela leitura da biografia de Dali, após a leitura a equipe fará uma síntese do estudo.
Como complemento de atividade cada grupo deverá escrever uma poesia ou uma paródia sobre Salvador Dali e suas principais obras, a equipe pode também enfocar nessa etapa as principais características do Surrealismo.
Após esse momento cada equipe fará uma releitura de uma obra de Salvador Dali
Links sugeridos para a realização dessa etapa:
*Terceira aula:
Disponibilizar frases ditas por Dali em cartazes para apreciação e debate de ideias.
Apresentação das equipes
Atividade sugerida:
Releitura de uma obra (a que o aluno ou grupo de alunos mais gostaram e se identificaram)
Elaboração de um texto abordando os aspectos trabalhados nesse estudo
Recursos Complementares
-Assistir ao filme Little Ashes, o qual foi dirigido por Paul Morrisson, é ambientado na Madri de 1922 e mostra a juventude do pintor, e os amores.
Avaliação
A partir do estudo proposto o aluno deverá ser capaz de justificar as principais características do surrelaismo e demostrar de forma efetiva aspectos da vida e obra de Salvatore Dali, um artista a frente de sua época, que foi ao mesmo tempo amado e odiado por muitos, dono de um talento ímpar, que revolucionou uma época.


Biografia
Salvador Dali
Salvador Felipe Jacinto Dali y Domenech
1904-1989
As excentricidades e declarações provocadoras fizeram de Salvador Dalí uma das mais polêmicas figuras da arte contemporânea, mas não impediram que sua obra fosse reconhecida como uma das mais audaciosas e apuradas da pintura surrealista.
Salvador Felipe Jacinto Dalí nasceu em Figueras, Catalunha, na Espanha, em 11 de maio de 1904.
Desde cedo revelou talento para o desenho e o pai, um tabelião, mandou-o a Madri para estudar na Escola de Belas-Artes de San Fernando, da qual seria expulso anos depois.
Na capital espanhola conheceu o cineasta Luis Buñuel e o poeta Federico García Lorca.
Suas primeiras obras, como "Moça à janela", enquadradas numa linha naturalista e minuciosa, já produziam uma ambígua sensação de irrealidade, que se acentuaria posteriormente.
Em 1928, persuadido pelo pintor catalão Joan Miró, transferiu-se para Paris e aderiu ao movimento surrealista.
Foi por essa época que conheceu a mulher do poeta Paul Éluard, Gala, sua futura companheira e modelo.
Colaborou então com Buñuel em dois filmes célebres, Un chien andalou (1928; Um cão andaluz) e L'Âge d'or (1930; A idade de ouro) e pintou algumas de suas melhores obras: "A persistência da memória" e "O grande masturbador".
Nelas exibia um estilo maduro que, embora mostrasse certas influências de De Chirico, atestava absoluta originalidade como representação de um mundo onírico, povoado de alegorias metafísicas e imagens sexuais, apoiadas numa técnica apurada.
Sua exposição de 1933 lhe deu fama internacional e Dalí lançou-se, então, a uma vida social repleta de provocações e excentricidades.
Essa atitude, por alguns considerada mistificadora e venal, aliada a uma postura apolítica, provocou sua expulsão do grupo surrealista.
Durante esse período, adotou o "método de interpretação paranóico-crítico", baseado nas teorias da psicanálise, associando elementos delirantes e oníricos numa linguagem pictórica realista, com freqüentes imagens duplas e objetos do cotidiano, como em "Construção mole com ervilhas cozidas", "Praia com telefone", "Premonições da guerra civil", "Canibalismo de outono" e "O sono".
Durante a segunda guerra mundial, Dalí radicou-se nos Estados Unidos, perto de Hollywood, e colaborou em alguns filmes.
No final da década de 1940 regressou à Espanha e deu início a uma fase inpirada em obras-primas de pintores do passado, como "A última ceia", de Leonardo da Vinci, "As meninas", de Velázquez, "Angelus", de Millet, "A batalha de Tetuan", de Meissonier, e "A rendeira", de Vermeer de Delft -- seu pintor favorito.
Posteriormente, alternou a pintura com o desenho de jóias e a ilustração de livros.
Enquanto isso, sucediam-se as retrospectivas de sua obra (Nova York, 1966; Paris, 1979; Madri, 1982) e, à medida que diminuíam suas aparições públicas, a polêmica dava lugar à renovação do interesse por sua pintura.
Em 1974 foi inaugurado em Figueras o Museu Dalí. Oito anos depois morreu Gala, fato que incidiu negativamente sobre sua atividade artística.
Em 23 de janeiro de 1989, na mesma Figueras natal, morreu Salvador Dalí.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial