Blog da Marlizinha

domingo, 3 de julho de 2011

EXERCÍCIOS_ Classes de palavras

1) (MACK) - Aponte a incorreta:
a) Grã-duquesas, altares-mores.
b) Vaivéns, os leva-e-traz.
c) Flores-de-lis, navios-escola.
d) Malmequeres, bem-te-vis.
e) Aves-marias, guarda-noturnos.

2) (UBERLÂNDIA) - Dentre os plurais de nomes compostos aqui relacionados, há um que está errado. Qual?
a) Escolas-modelo
b) Quebra-nozes
c) Chefes-de-seções
d) Guardas-noturnos
e) Redatores-chefes

3) (ITA) - Indique a frase correta:
a) Mariazinha e Rita são duas leva-e-trazes.
b) Os filhos de Clotilde são dois espalhas-brasas.
c) O ladrão forçou a porta com pés-de-cabra.
d) Godofredo almoçou duas couves-flor.
e) Alfredo e Radagásio são dois gentil-homens.

4) (UFF) - Assinale a única série de duplas singular-plural em que existe uma forma incorreta:
a) Cidadão - cidadões
b) Cônsul - cônsules
c) Projetil - projetis
d) Corrimão - corrimões
e) Olho-de-sogra - olhos-de-sogra

5) (Uff 1999) - 1 Educai o coração da mulher, esclarecei seu intelecto com o estudo de coisas úteis e com a prática dos deveres, inspirando nela o deleite que se experimenta ao cumpri-los; purgai a sua alma de tantas nocivas frivolidades pueris de que se acha rodeada mal abre os olhos à luz.
2 Cessai aqueles tolos discursos com os quais atordoais sua razão, fazendo-a crer que é rainha, quando nada mais é que a escrava dos vossos caprichos. Não façais dela a mulher da Bíblia; a mulher de hoje em dia pode sair-se melhor do que aquela; nem muito menos a mulher da Idade Média: da qual estamos todas tão distantes que não poder-nos-ia servir de modelo; mas a mulher que deve progredir com o século dezenove, ao lado do homem, rumo à regeneração dos povos.
3 Guarde-se bem o homem de ter a mulher para seu joguete, ou sua escrava; trate-a como uma companheira da sua vida, devendo ela participar de suas alegres e tristes aventuras; considere-a desde o berço até seu leito de morte, como aquela que exerce uma influência real sobre o destino dele, e por conseguinte sobre o destino das nações; dedique-lhe, por último, uma educação como exige a grande tarefa que ela deve cumprir na sociedade como o benéfico ascendente do coração; e a mulher será como deve ser, filha e irmã dedicadíssima, terna e pudica esposa, boa e providente mãe.
(1859)
FLORESTA, Nísia. Cintilações de uma alma brasileira. Florianópolis/ Santa Cruz: Ed. Mulheres/ Ed. Da UNISC, 1997. p. 115-7.

Na flexão dos diminutivos, o uso coloquial, com freqüência, se diferencia do uso prescrito pela gramática normativa.
Assinale o par de palavras em que os DOIS USOS ocorrem:
a) colherzinhas - florzinhas
b) mulherzinhas - coraçõezinhos
c) florezinhas - mulherezinhas
d) mulherzinhas - coraçãozinhos
e) colherezinhas - floreszinhas

6) (Uece 1996) - PARA QUEM QUER APRENDER A GOSTAR

01 "Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender.
02 Tenho visto muito amor por aí. Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva. Mas esbarram na dificuldade de se tornar bonitos. Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.
03 Aí esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais de repente se percebem ameaçados apenas e tão-somente porque não sabem ser bonitos: cobram, exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender; necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo do amor. Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reivindicar, de exigir justiça, eqüidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão. Nem queira. Ter razão é um perigo: em geral enfeia o amor, pois é invocado com justiça, mas na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão.
04 Ponha a mão na consciência. Você tem certeza de que está fazendo o seu amor bonito? De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro a maior beleza possível? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer. Quem espera mais do que isso sofre, e sofrendo deixa de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre, igual, irmão, criança. E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.
05 Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre. Recomendam-se: encabulamentos, ser pego em flagrante gostando; não se cansar de olhar, e olhar; não atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível com beijos, 'aquela conversa importante que precisamos ter'; arquivar, se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida. Para quem ama, toda atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda a atenção possível. Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter.
06 Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como a criança de nariz encostado na vitrina cheia de brinquedos dos nossos sonhos); não teorize sobre o amor; ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.
07 Não tenha medo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade; não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração; contar a verdade do tamanho do amor que sente.
08 Jogue por alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser. Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteira, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como no tempo do Natal infantil. Revivendo os carinhos que intuiu em criança. Sem medo de dizer eu quero, eu gosto, eu estou com vontade.
09 Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor, ou bonitar fazendo o seu amor, ou amar fazendo o seu amor bonito (a ordem das frases não altera o produto), sempre que ele seja a mais verdadeira expressão de tudo o que você é, e nunca: deixaram, conseguiu, soube, pôde, foi possível, ser.
10 Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz."
(TÁVOLA, Arthur da. "Para quem quer aprender a amar". In: COSTA, Dirce Maura Lucchetti et al. "Estudo de texto: estrutura, mensagem, re-criação". Rio, DIMAC, 1987. P. 25-6)

Conforme o contexto, está classificada corretamente a palavra:
a) "olhar", parágrafo 4: verbo
b) "pouca", parágrafo 5: advérbio
c) "você", parágrafo 8: substantivo
d) "suficiente", parágrafo 10: adjetivo
e) n.d.a.

7) (Uelondrina 1999) - A palavra em destaque está INCORRETAMENTE flexionada na frase:
a) QUAISQUER que fossem as medidas, ele as impugnava.
b) Os BEIJA-FLORES aí estão, desfrutando a primavera.
c) Os móbiles estavam presos por CORDELZINHOS.
d) São BEIJOS-DE-FRADE - explicou-me, apontando as ervas.
e) Dois dos GUARDA-ROUPAS estavam infestados de cupins.

8) (Cesgranrio 1998) - Texto: "Sobre o Amor"

1 (...) Ele diz: Eu te amo. E o que a gente ouve não é: "Eu te amo tanto quanto posso dentro das limitações dessa relação e desse meu momento de vida, dentro das minhas próprias limitações, dos meus medos e dos meus fechamentos. "A gente ouve: "Eu te amo totalmente, para sempre, sem que nada, antes ou depois do nosso encontro, supere esse sentimento." Ele fala de si, e nós ouvimos o cosmos. Ele fala do hoje, e nós entendemos o eterno.
2 A culpa é nossa, então, por ouvirmos errado? Não. Ele também, ao falar dentro da sua pequena dimensão humana, está se iludindo com as grandes medidas. Ao dizer "eu te amo", assume o papel do grande amante, torna-se o amor absoluto encarnado.
3 (... ) em matéria de sentimentos, essa noção acaba sendo l@ subjetiva. O amor que é absoluto para mim pode não sê-lo para a pessoa à qual é dirigido. E isso porque, enquanto minha emoção amorosa me preenche por inteiro, dando-me a impressão de que não existe mais possibilidade de amor além dela, o objeto do meu amor, que, por razões pessoais, não se sente por ele preenchido, pode considerá-lo insuficiente e, como tal, bem aquém do absoluto.
4 Além do mais, o amor não é inelutável. Não podemos viver sem ter nascido, nem podemos viver sem vir a morrer. Mas, apesar das nossas fantasias em contrário, podemos perfeitamente viver sem grandes amores, coisa que, aliás, acontece com a maioria das pessoas. O amor é parte da vida, mas apenas uma parte, e nem de leve tão indispensável quanto, digamos, a alimentação. À luz da realidade mais imediata, e, por mais que a idéia nos desagrade, o amor é uma necessidade menor.
5 Nem o amor é uma experiência única. A quase totalidade das pessoas abriga em sua vida diversos amores. E, embora o tempo e o distanciamento afetivo acabem por diluir nossa capacidade de revivê-los por completo na lembrança, conservamos, se não a emoção, pelo menos o registro daquela intensidade. Assim, a lembrança dos amores passados é vencida para permitir o acontecimento de novos amores, mas não é apagada.
6 Apesar disso tudo, e, apesar de sabermos disso tudo, continuamos querendo o amor absoluto. Mas há mais um empecilho na rota da sua conquista: a exigência da reciprocidade.
7 Em termos literádos, um grande amor pode existir mesmo sem resposta; o amante suspira na sombra, se acaba de paixão, sem que o objeto de seus sonhos lhe dirija mais do que um olhar. Mas na vida real o que queremos, para que o amor se complete física e efetivamente, é que o outro também nos ame. E achamos que nosso amor só se transformará realmente num amor absoluto, na medida em que a intensidade do amor do outro for gêmea idêntica da nossa intensidade.
8 O amor não é mensurável. A duras penas sabemos do nosso próprio amor, quanto mais daquele do outro. O que acostumamos fazer para resolver o impasse é medir o amor do outro usando o nosso próprio amor como metro. Ele diz "eu te amo". Nós respondemos "eu também te amo". E deduzimos que as duas coisas são idênticas e que aquele amor, como a vida e a morte, representa um todo, como elas indissolúvel, e, portanto, como elas, absoluto. Está demonstrado o teorema, como se queria.
9 Um perigoso teorema, na verdade. Porque, em cima dele e da sua inconsistência, começamos a construir justamente aquele castelo que queríamos mais sólido e mais seguro.
Marina Colasanti. E por falar em amor (com adaptações).

Assinale a frase em que a classe gramatical da palavra ou expressão em destaque está correta.
a) "E O que a gente ouve não é:" (par.1) (pronome substantivo oblíquo).
b) "... sem que NADA (...) supere esse sentimento." (par.1) (advérbio de negação)
c) "Ele fala do HOJE, e nós entendemos o eterno." (par.1) (substantivo).
d) "enquanto minha emoção amorosa me preenche POR INTEIRO..." (par.1) (locução prepositiva).
e) "...para que o amor se complete física e efetivamente..." (par.7) (adjetivo)

9) (Uelondrina 1995) - Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.

É nas ..... do Palácio que ocorrem, por motivos ....., as disputas do poder de influência sobre o Presidente.
a) antes-sala - quaisquer
b) ante-salas - qualquer
c) antes-salas - quaisquer
d) antes-salas - qualquer
e) ante-salas - quaisquer


gabarito

1-E
2-C
3-C
4-A
5-B
6-C
7-C
8-C
9-E

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