Blog da Marlizinha

quarta-feira, 14 de abril de 2010


Literatura na escola - 6º ano - Contos de Carlos Drummond de Andrade


Objetivos
Estimular o gosto pela leitura;
Desenvolver a competência leitora;
Desenvolver a sensibilidade estética, a imaginação, a criatividade e o senso crítico;
Inferir as características do gênero conto e o contexto histórico e literário do livro;
Estabelecer relações entre o lido \ vivido ou conhecido (conhecimento de mundo);
Conhecer alguns elementos básicos da narrativa;
Perceber alguns efeitos estéticos da obra literária, principalmente aqueles que geram humor.

Conteúdos
Elementos da narrativa: narrador, enredo, personagens, tempo, espaço e tipos de discurso
Verossimilhança na narrativa de ficção;
Quebra de expectativa com efeito de humor.

Tempo estimado
Cinco aulas.

Ano
6º ano.

Material Necessário
- Livro Rick e a Girafa, Carlos Drummond de Andrade, 112 págs, Editora Ática, tel. (11) 3990-1612 preço 25,90 reais.
- Se possível, computador conectado à internet.

Desenvolvimento

1ª etapa: Antecipação/Sensibilização
Pergunte aos alunos se eles já ouviram falar do escritor Carlos Drummond de Andrade. Peça que pesquisem, em casa, a biografia do autor. Se possível, exiba para a turma um vídeo produzido por Fernando Sabino, no qual há uma rápida entrevista com Drummond.

Após assistir ao vídeo ou ler a biografia, converse com os alunos sobre o fascínio que o autor tinha pelas palavras, desde sua infância.

2ª etapa: Leitura compartilhada do 1º conto
Apresente à turma o livro Rick e a Girafa, antologia com 27 contos de Drummond. Peça que os alunos leiam um conto por dia em casa. São histórias pequenas e fáceis de ler.

Em seguida, proponha a leitura em sala de aula da narrativa "Pescadores". Quando os alunos terminarem, faça algumas perguntas e peça que registrem as respostas no caderno:

- Por qual motivo essa narrativa faz parte do capítulo "Confusões e surpresas”? Discuta com a sala se há confusões e surpresas no conto.
- Por qual motivo a narrativa se torna engraçada?

Analise com a sala como as quebras de expectativa geram humor no conto.

3ª etapa: Análise do conto - tipos de discurso
Mostre à turma, por meio da narrativa “Pescadores”, o que é discurso direto. Analise como a estratégia desse tipo de discurso ajuda a dar vivacidade à cena, aproximando o leitor dos fatos narrados. Aproveite para explicar aos alunos que uso de travessões marca a fala dos personagens. Com isso, ainda que não apareçam verbos de dizer (elocução), o leitor consegue distinguir quem está falando.

4ª etapa: Análise do conto - foco narrativo
Pergunte aos alunos quem está contando a história. Certamente, alguns responderão que é o escritor Carlos Drummond de Andrade. Explique a eles que o autor é decisivo só no momento da escritura. Depois de a obra estar pronta, ela fala por si só. O escritor apenas imagina a história, as personagens, o cenário e cria alguém responsável pelo ato de narrar.

Explique à turma que o narrador é, assim como tudo na narrativa, um ser de papel, inventado, ficcional. Mostre aos alunos que as narrativas podem ser contadas tanto por um alguém que participa da história (narrador-personagem), quanto por alguém de fora (narrador em 3ª pessoa). Lance a seguinte questão: Quem conta a história “Pescadores”? Peça que a classe retire do texto fragmentos que comprovem a resposta.

5ª etapa: Análise do conto – verossimilhança
Lance as seguintes questões à moçada:

- Os fatos narrados aconteceram na vida real?
- Você diria que as personagens dão a impressão de existirem verdadeiramente?
- A casa de um dos pescadores existe de verdade? E a família?

Ouça as repostas dos alunos e comente sobre a narrativa de ficção, mostrando que ela é verossímil, ou seja, assemelha-se à realidade, mas é inventada.

Terminada a análise do primeiro conto, solicite que os alunos leiam outros contos. Podem ser elaboradas atividades semelhantes às descritas acima.

Avaliação
Peça que os alunos leiam três contos determinados por você. Em uma aula, individualmente e com consulta ao livro, entregue questões que contemplem os elementos trabalhados anteriormente – tipos de discurso, narrador, efeito humorístico e verossimilhança – e peça que os alunos respondam por escrito.


Leitura de poema e análise semântica

Objetivos
Ler poemas em profundidade.
Conhecer recursos da linguagem poética.

Conteúdos
Antítese e metáfora.
Roteiro para síntese semântica.

Anos
8º e 9º

Tempo estimado
Duas aulas.

Material necessário
Cópias do poema Motivo, de Cecília Meireles, disponível no livro Obra Poética e reproduzido abaixo.

Desenvolvimento

1ª etapa
Distribua cópias do poema Motivo, que reflete a maneira pela qual os poetas enxergam o mundo, e peça uma primeira leitura silenciosa:

Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo: mais nada.

Convide os estudantes a investigar os aspectos mais evidentes do texto. Por que é um poema? Há rimas? O que o título sugere? Peça que leiam o verbete num dicionário e debatam os sentidos que se aproximam do texto. Sugira que apontem os versos que consideraram difíceis de compreender.

2ª etapa
Na segunda leitura - dessa vez, realizada por você -, indique como devem ser lidos os versos com falsa terminação (a pausa compromete a compreensão). Com base no primeiro verso, pergunte: qual o motivo que leva o eu lírico a cantar? A seguir, explore o terceiro: “Não sou alegre nem triste”. Há oposições semelhantes no texto? Explique que a antítese é uma figura de linguagem que aproxima duas palavras ou pensamentos de sentido contrário. Elas dizem respeito à poesia ou ao poeta? Por quê? Discuta hipóteses para a repetição da expressão “não sei”.

3ª etapa
Ressalte a importância do verso: "Tem sangue eterno a asa ritmada". De que fala o eu lírico? O que poderia ser a “asa ritmada”? Em que a poesia se assemelha a “sangue eterno”? Mostre que a metáfora – substituição de um termo por outro em função de alguma semelhança, com transferência de significado – coloca que a poesia (ou canção), diferentemente do poeta, é eterna.

4ª etapa
Peça que os estudantes construam uma síntese semântica do texto com base em um roteiro de questões: que ideias o poema apresenta sobre o poeta? E sobre a poesia? Por que as antíteses se relacionam ao poeta? Qual a oposição entre a canção e o poeta? Por que a autora usa uma metáfora para falar da poesia?

Avaliação
Nas respostas do roteiro, verifique se o aluno incorporou as ideias debatidas, se entendeu o sentido geral do texto e como os recursos estilísticos ajudam a compô-lo. Para favorecer a familiaridade da turma com os textos literários, repita a atividade com outros poemas.

Interpretação de texto com auxílio de materiais gráficos

Introdução
A designação material gráfico diverso abrange um conjunto variado de textos nos quais a linguagem não-verbal está sempre presente (associada ou não à linguagem verbal). Nesse conjunto encontram-se, por exemplo, propagandas, tiras, charges, fotos, desenhos, esquemas, gráficos e tabelas. Este tipo de assunto é um dos temas da Prova Brasil.

Objetivos
Obter informações a partir de gráficos.
Comparar dados de gráficos distintos, mas com afinidade temática.
Tirar conclusões a partir dos dados levantados.

Conteúdo
Leitura de material gráfico diverso

Anos
8.º e 9.º anos

Tempo estimado
2 ou 3 aulas

Material necessário
• Cópias do material gráfico publicado no jornal Folha de S. Paulo de 20 de novembro de 2007, p. C5: gráficos sobre a desigualdade racial na mortalidade.
• Cadernos
• Lápis

Folha de S. Paulo
Folha de São Paulo

Desenvolvimento

1ª etapa
Inicie a atividade explicando aos alunos que eles farão um exercício de leitura e que o texto que será objeto desse exercício inclui a linguagem não-verbal. Verifique as hipóteses dos alunos para o tipo de texto que receberão e aproveite para avaliar seu conceito a respeito das modalidades verbal e não-verbal. Se necessário, esclareça.

2.ª etapa
Apresente os textos e pergunte à classe de que tipo de material gráfico se trata. Se for necessário, ajude a estabelecer a diferença entre tabela, esquema e gráfico, mencionando exemplos do cotidiano (tabela de jogos de um campeonato esportivo, esquema da transmissão de um vírus, gráfico do desmatamento no Brasil etc).

Estimule a classe a refletir sobre a função de materiais gráficos como esse, indagando: em que suportes eles costumam circular? Eles costumam constituir um texto isolado ou acompanham outros textos? Qual sua importância?

Chame a atenção da turma para a referência bibliográfica do material em questão e explique que ele acompanha uma notícia publicada no jornal sobre os resultados de um levantamento feito por dois pesquisadores.

3.ª etapa
Após o primeiro exame do texto pelos alunos, esclareça eventuais dúvidas a respeito dos termos nele empregados. Convém deixar claro que as “causas externas” reúnem, além de homicídios, acidentes e outras causas não-naturais. As “causas mal definidas” indicam uma imprecisão no atendimento médico. O grupo designado por “negros” inclui pretos e pardos.

4.ª etapa
Ainda em uma leitura coletiva, proponha questões sobre os elementos básicos de um gráfico: quem o produziu, o que ele investiga e quantifica e que título lhe foi atribuído. Isso é importante para que os alunos percebam o que devem levar em conta na primeira abordagem desse tipo de texto, a fim de realizarem leituras semelhantes de forma autônoma.

Sugestões
a) Qual a fonte do material gráfico publicado no jornal? O que se pode afirmar a respeito de sua credibilidade?
b) Os gráficos presentes nesse material apresentam o resultado de que investigação?
c) Você julga que os responsáveis por essa investigação tinham uma hipótese a ser confirmada?
d) Qual é o título geral do material gráfico? Esse título antecipa uma avaliação dos resultados apresentados?
e) Quais os títulos específicos das duas partes do material gráfico?

Aproveite para ver se os alunos identificam a frase “Homicídios e acidentes matam mais negros do que brancos” (na parte superior do texto) como um elemento estranho à estrutura desse tipo de material gráfico, por emitir uma interpretação dos dados apurados. Convém também certificar-se de que eles compreendem as siglas UFRJ e SUS, mencionadas na fonte do material gráfico.

5.ª etapa
Solicite aos alunos que formem trios de trabalho. Eles devem registrar em seus cadernos algumas constatações a partir do exame dos dados presentes nos gráficos. Se necessário, sugira um exemplo, dentre os que se seguem:

a) Entre os homens, os negros morrem mais por homicídios, e os brancos, por doenças.
b) De 1999 a 2005, cada vez menos mulheres brancas morriam por problemas no parto e cada vez mais negras morriam por esse motivo.
c) Os negros (homens e mulheres) e as mulheres brancas tiveram a mesma taxa de aumento na morte por HIV/Aids.
d) As mortes por causas mal definidas são mais expressivas entre os negros.

Peça que cada grupo apresente suas observações. Se houver alguma que não se justifica pelos gráficos, ajude o grupo a rever sua conclusão.

Avaliação
Durante a leitura compartilhada, analise o grau de dificuldade da turma em relação a esse tipo de material gráfico. Ao longo da apresentação dos grupos, analise a pertinência das observações feitas.

Além disso, proponha que os grupos respondam por escrito à questão seguinte: Depois de examinar os gráficos e de refletir sobre o que eles apresentam, que explicação você julga haver para a diferença entre as causas predominantes na morte de negros e as predominantes na morte de brancos? Examine posteriormente as respostas dadas e avalie se os alunos fizeram inferências desejadas, abordando questões econômicas, sociais e históricas.

O diagnóstico obtido por esses três instrumentos vai nortear com que frequência a atividade com material gráfico diverso deve ser proposta.

Leitura e escrita de textos informativos

Objetivos
- Buscar dados em textos informativos.
- Sublinhar informações específicas.
- Resumir um texto para estudar.
- Produzir um artigo para o jornal mural da escola.

Conteúdos
- Leitura e escrita de textos informativos.
- Revisão e edição de textos.

Anos
5º e 6º.

Tempo estimado
Cinco aulas.

Material necessário
Cópias dos textos:
- A Lua (do livro didático Ciências: O Planeta Terra);
- Sistema Solar (do Almanaque Abril 2009);
- Hora de Voltar à Lua (da revista Veja).
Desenvolvimento
1ª etapa
Inicie a atividade convidando os alunos a escrever um artigo para celebrar os 40 anos da chegada do homem à Lua, avisando que as produções serão publicadas no jornal mural. Apresente os textos-fonte selecionados e peça que os leiam, dizendo que eles servirão de base para ampliar o conhecimento para a escrita.

2ª etapa
Tire as dúvidas que aparecerem após as leituras: quais informações novas sobre a Lua eles gostariam de apontar? De qual texto se extrai mais informação sobre o satélite? Em qual se lê mais sobre a chegada do homem à Lua? Peça aos estudantes que, em cada texto, sublinhem as características fornecidas sobre a Lua. Eles têm de perceber que não é preciso sublinhar tudo e que vale destacar informações que não são características físicas lunares.

3ª etapa
Peça que releiam o texto do livro didático indicado e o verbete do Almanaque Abril para sublinhá-los com cores diferentes. Com uma cor, devem marcar os dados que aparecem sobre a distância entre a Lua e a Terra. Com outra, ressaltar as informações que falam sobre as crateras na superfície. Diga que escrevam quais são semelhantes e diferentes, citando as fontes e a autoria de cada texto.

4ª etapa
Proponha que os alunos façam um resumo do texto do livro didático para que estudem o tema com mais profundidade. Para evitar que eles façam cópias, você pode propor uma estrutura como a seguinte:

"O texto A Lua retirado do livro didático ___________ trata de ___________ . Ele pode ser dividido em duas partes. Na primeira (parágrafos 1-4), o autor apresenta várias informações sobre a Lua, dentre as quais vale destacar ___________ . Na segunda parte (parágrafos 5-17), o autor explica por que a Lua muda de aspecto ao longo do mês. Segundo o autor, isso acontece porque ___________ . O autor finaliza o texto informando que ___________ ."

5ª etapa
Oriente os alunos a produzir um artigo com o tema "40 anos da chegada do homem à Lua", utilizando as informações retiradas dos três textos lidos. As informações devem ser organizadas e inseridas em um novo texto, coerente e coeso. Quando trechos forem inteiramente copiados, devem aparecer entre aspas e com a indicação da fonte utilizada.

Avaliação
Organize uma tabela com conteúdos de leitura e de produção escrita trabalhados nas atividades propostas e assinale os conteúdos atingidos plenamente, parcialmente ou não atingidos pelos alunos. Com base nela, decida o que deve ser retomado, verificando o grau de autoria dos alunos, se as ideias estão bem ligadas, se o texto está adequado ao que foi proposto e se tem desfecho.

Dois dos textos sugeridos:

A Lua
Com um diâmetro de 3.476 quilômetros (menos de um terço do diâmetro da Terra), nosso satélite não tem atmosfera, nem água, nem vida. Também não há vulcões, porque, ao contrário da Terra, a parte interna da Lua está completamente solidificada (não apresenta magma). Mas há muitas crateras, geralmente formadas pelo impacto de corpos celestes no passado).
As colisões contra corpos celestes derreteram rochas e formaram lavas, que esfriaram e aparecem como áreas escuras quando a Lua é observada. Essas regiões foram chamadas mares.
A Lua possui um movimento de translação ao redor da Terra, de aproximadamente 27 dias e 8 horas, e um movimento de rotação sobre o próprio eixo imaginário também de cerca de 27 dias e 8 horas. Como o tempo dos dois movimentos coincide, ela tem sempre o mesmo lado (ou face) voltado para a Terra. O outro lado fica oculto.
Fonte: Livro didático Ciências: O Planeta Terra

Sistema Solar
Terra. É o único planeta conhecido a abrigar vida, que floresceu aqui grças à combinação de vários fatores, como a massa da Terra e sua distância em relação ao Sol. Se estivesse mais perto os distante do Sol, por exemplo, nnão teria água no estado líquido – essencial para a existência de seres vivos. Se fosse menor, não reteria a atmosfera gasosa que mantém o planeta numa temperatura média conveniente e nos protege da queda de meteoros. A grande maioria deles se queima ao mergulhar na camada gasosa e não consegue atingir o solo.
A Lua, nosso único satélite, está a 380 mil quilômetros de distância. Ela, que foi por muito tempo a grande meta da corrida espacial entre norte-americanos e soviéticos. Mas foram os norte-americanos que deixaram as únicas pegadas no poeirento solo lunar. Além dos pioneiros da Apollo 11, Neil Armstrong e Buzz Aldrin, que chegaram lá em 20 de julho de 1969, outras cinco missões Apollo pousaram na Lua. A última foi a Apollo 17, em 1972. Essas viagens trouxeram para a Terra um total de 382 quilos de amostras de rochas para análise. Sem a proteção de uma atmosfera, a superfície lunar é recoberta de crateras resultantes do impacto de asteróides e cometas. Os cientistas suspeitam que algumas delas, nos pólos, possam guardar água na forma de gelo, carregada por lá por cometas. Essa possibilidade enche os exploradores do espaço de esperança de que um dia façam do satélite uma base de lançamento para viagens e destinos mais distantes. A principal vantagem seria a economia de combustível, pois os foguetes teriam de vencer uma força gravitacional seis vezes menor que a da Terra.
Fonte: Almanaque Abril 2009


Lendo o livro... antes de ler a história do livro

Bloco de Conteúdo
Língua escrita

Conteúdo
Leitura

Objetivos
A aula aqui sugerida é um dos caminhos para possibilitar a formação de leitores capacitados a participar das diferentes práticas de leitura da nossa sociedade. Para tanto, é preciso criar oportunidades para que os alunos:
- constituam procedimentos de exploração do livro enquanto portador;
- desenvolvam capacidades leitoras de recuperação do contexto de produção do texto de modo a articulá-lo no processamento das idéias do texto;
- constituam comportamento leitor, implicados na socialização e necessidade de compartilhar ideias e opiniões acerca de material de leitura escolhido.

Anos
A partir do 1º ano do Ensino Fundamental.

Tempo necessário
A partir de três aulas

Material necessário
Livros de literatura infanto-juvenil constantes do acervo da Escola.

Desenvolvimento

1ª etapa

Estudo coletivo de material de leitura
1. Organize os alunos em duplas.
2. Distribua para cada dupla um exemplar de um mesmo livro.
3. Comecem a fazer uma exploração geral do livro. Peça aos alunos que manuseiem os livros recebidos. A seguir, vá fazendo perguntas para a classe sobre os seguintes aspectos:
a. Que tipo de livro é este (de contos, poemas, lendas, romance)? Como você descobriu (Pelo título? Figura da capa? Conhecimento do autor?)?
b. Quem é o autor (brasileiro, estrangeiro)? Onde você encontrou essa informação? Mostre para todos os colegas!
c. Há algum outro lugar no livro que apresente informações sobre o autor (Oriente para que procurem dentro do livro, na orelha, na quarta-capa também.)? Que tipo de coisa o autor costuma escrever, considerando estas novas informações? Você já leu alguma obra dele? Qual? Gostou? Por que? Leria outra? Por que?
d. Qual é o título do livro? Como você descobriu?
e. Qual é a editora do livro? Onde se encontra essa informação? Você já conhece essa editora? Leu algum livro publicado por ela?
Observação: a cada resposta dada, pergunte como foi possível descobrir aquela informação, solicite que os alunos mostrem como fizeram. Isso possibilita o compartilhamento de procedimentos de manuseio do portador.
f. Considerando o título do livro, a ilustração da capa, quem o escreveu, como você acha que será a história que ele conta (se for um livro de narrativas ficcionais, é claro)?
g. Dê uma olhada nas ilustrações, dentro do livro: o que você acha que vai encontrar na história? Por que?
Observação: Problematize as pistas encontradas, caso seja necessário.
4. Depois dessa exploração geral, pergunte aos alunos se escolheriam esse livro para ler e por que. Durante o processo, vá problematizando as respostas, considerando os dados da exploração feita.

2ª etapa
Estudo e escolha de material de leitura
1. Organize os alunos em grupos de 3 ou 4 componentes.
2. Distribua as coleções de livros entre os grupos e fique você mesmo com alguns.
3. Solicite que os alunos façam, nos livros recebidos, a mesma exploração que fizeram nos livros estudados no Momento 1 dessa proposta de trabalho. Avise que, ao final, escolherão um livro para ler e deverão explicar essa escolha para os demais colegas da classe.
4. Faça o mesmo com os livros que ficaram com você e passe pelos grupos acompanhando o trabalho.
5. Após a exploração, apresente você o livro que escolheria, justificando a escolha nas pistas oferecidas pelo portador e pelo seu conhecimento anterior a respeito de autor, gênero, conteúdo, etc. Dessa forma, você está oferecendo aos alunos uma referência a respeito de como fazer uma indicação.
6. Quando terminar, solicite que cada um dos alunos de cada grupo apresente sua escolha, explicando os motivos dela.
7. Oriente os alunos para levarem o livro para casa e lerem. Explique que, na Roda de Leitores, comentarão a leitura feita, explicando se gostaram mesmo e porque.

3ª etapa
Roda de leitores
1. Organize os alunos em círculo, e avise os alunos que cada um contará como foi a leitura do livro que escolheu: se a escolha foi bem feita ou não e por que, explicando onde foi que acertou ao antecipar se gostaria do livro e onde foi que se enganou. Os alunos poderão, inclusive, ler trechinhos dos livros para ilustrar o que falam ou para mostrar do que gostaram.
2. Antes dos alunos, porém, comente você a leitura que fêz do seu livro.
3. Peça, ao final, que cada aluno mesmo aqueles que, porventura não tenham apresentado a leitura - escrevam um recadinho para colocar no mural Socializando leituras , para os colegas, comentando, rapidamente se gostaram ou não do livro e porque, indicando se recomendam ou não a leitura do material.

Aprofundamento de conteúdo
É importante que a atividade de escolha pessoal de leitura e de Roda de Leitores sejam regularmente realizadas na classe, pois possibilitam a apropriação de procedimentos de leitura, assim como o desenvolvimento de capacidades de leitura. Além disso, possibilitam a constituição de comportamento leitor, conteúdos fundamentais para a formação do leitor.

Sugestão de atividade para explorar a quarta-capa de livro
As informações que se encontram em uma quarta-capa variam conforme a editora, a edição. No entanto, costumam trazer um pequeno texto sobre o enredo da história, trechos da mídia ou, ainda, trechos do próprio livro. Às vezes, uma dessas informações vem junto com outra. O importante, nesse estudo é focalizar autoria e intenção desse texto: divulgar a obra, seduzir leitores, já que é a própria editora que seleciona ou escreve - o texto para ser publicado.
1. Peça aos alunos para ler diferentes quartas-capas e identificar que tipo de informação elas contém (fotografia do autor, dados biográficos, outras obras do autor, comentários de outros autores sobre aquele livro etc.).
2. Anote os dados encontrados na lousa. Veja, juntamente com eles, os dados mais recorrentes nos livros analisados.
3. Solicite que descubram a autoria e possíveis intenções dos textos. Discuta as opiniões, buscando confirmações nas pistas lingüísticas. Discuta, ainda, o papel que uma quarta-capa deve ter no processo de escolha de um livro para ler ou comprar.
4. Os alunos podem escrever uma outra quarta-capa para um dos livros que leram.
Trabalho semelhante pode ser feito com a orelha de livros.

Reescrevendo histórias

Introdução
Em sociedades letradas, desde muito cedo, as crianças demonstram interesse e fazem reflexões sobre a função e o significado da escrita. Para que possam escrever autonomamente, é preciso que entrem em contato com diversos tipos de textos já nas quatro séries iniciais do Ensino Fundamental. O professor deve apresentar aos alunos poesias, receitas, contos, fábulas, lendas, cartas etc.

Os contos de fadas, por exemplo, têm uma estrutura complexa e são importantes no processo de alfabetização, pois neles ocorre uma narrativa perfeita, com a seqüência apresentada sempre da mesma forma: cenário, problema, construção do clímax da história, clímax, resolução do problema e desfecho. Além do mais, a identificação emotiva entre os alunos e os personagens predispõe as crianças à leitura.

Com as atividades propostas a seguir, as crianças darão um passo para a percepção de elementos da linguagem escrita. Perceberão elementos lingüísticos e discursivos e avançarão com relação ao domínio das normas da Língua Portuguesa. Terão também oportunidade de produzir algo com uma finalidade sócio-cultural e vivenciar uma prática que ocorre normalmente fora da escola, como escrever livros.

Objetivos
Ao final deste trabalho, os alunos serão capazes de:
· demonstrar conhecimento de diferentes contos de fadas;
· produzir e revisar textos;
· refletir sobre o uso das convenções que normatizam os usos da Língua Portuguesa com relação à ortografia;
· comunicar-se e expressar-se através de situações de intercâmbio social, elaborando e respondendo perguntas.

Conteúdo específico
Produção e revisão textual

Ano
3º e 4º anos

Tempo necessário
Dez aulas

Material necessário
Giz, lousa, papel sulfite, canetas coloridas, lápis de cor, livros de contos-de-fadas.

Desenvolvimento das atividades
Primeira etapa Faça no quadro-negro ou em um cartaz uma lista, em ordem alfabética, dos contos tradicionais mais conhecidos pela turma. Diariamente, reserve um tempo para ler com a classe as histórias escolhidas.

Segunda etapa Escolha com o grupo uma das histórias e leve para a classe várias versões para ler com as crianças, destacando semelhanças e diferenças com relação a: tipo de texto, organização do texto, personagens que compõem a história, seqüência em que se desenrola a trama, tempo em que as histórias se desenvolvem e cenários.

Terceira etapa Discuta com o grupo algumas características e formas de organização dos contos.

Quarta etapa Faça um planejamento da escrita. Assegure-se de que o tipo de texto que será produzido foi trabalhado em sala, com a discussão sobre a estrutura dos diálogos e a observação de todos os aspectos textuais. Proponha então a produção coletiva e individual de novas versões para um conto. Por exemplo: "Agora, que vocês já ouviram diversas versões sobre a história 'Os Três Porquinhos', crie a sua, mantendo os principais elementos dos textos lidos: personagens, estrutura narrativa etc."

Quinta etapa Faça revisões dos textos coletivos em roda, destacando os elementos que exigem maior atenção.

Sexta etapa Faça cruzadinhas, jogos de forca ou stop utilizando variações que sistematizem dificuldades ortográficas, como o uso de x, ch, ç, ss, s. O bingo de palavras pode envolver as que apresentaram mais erros.

Sétima etapa Crie com a classe uma legenda para as correções de textos como
______ : erro de ortografia
( ): erro de vocabulário
+ : erro de pontuação
* : letra maiúscula
** : erro de acentuação

Exemplo: "Os porcinhos forão para o Egito, mas como não sabiam falar a língua (egitana) não podiam conversar +O mais velho, que se chamava *edu, teve uma **ideia que contou para o irmão do meio."
Proponha uma revisão dos textos individuais em duplas, usando a legenda criada para correções.

Produto final
Finalize a atividade, pedindo ilustrações para a nova versão do conto e a criação de um livrinho para ser lido por outras classes.

Avaliação
Durante o desenvolvimento da atividade, é possível avaliar como o aluno:
· utiliza em outros contextos de produção escrita, os conhecimentos que constrói a respeito da pontuação (veja o 1º objetivo);
· usa seus conhecimentos diante do texto para pontuá-lo a fim de atribuir significado a ele (veja o 2º e o 3º objetivos);
· argumenta para defender o seu ponto de vista (veja o 4º objetivo);
· colabora com o grupo (veja o 5º objetivo)

Contextualização
Esta proposta permite que os alunos trabalhem com contos tradicionais, um tipo de texto que a maioria das crianças já conhece. Isso proporciona uma situação favorável para se trabalhar com as normas da Língua Portuguesa; os momentos adequados para ler, ouvir, falar e escrever; a utilização de diversos tipos de registros (lista, livro); a linguagem escrita como forma de organização de informações; a maneira culturalmente adequada para escrever.


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