Blog da Marlizinha

domingo, 8 de agosto de 2010

ONOMATOPEIAS E PALAVRAS ONOMATOPAICAS

1. Diz quais são os sons imitados pelas seguintes onomatopeias:

lizzie_maguire020 (1)

a) «ão-ão» __________________

b) «cararacá»________________

c) «bum» ___________________

d) «bumba» ________________

e) «tique-taque» ____________

f) «tlintlim»_________________

2. Indica os verbos, os nomes e os adjectivos formados a partir das seguintes palavras onomatopaicas:

a) bafo ________________ (verbo)

b) gargalhar ________________ (nome)

c) ribombar ________________ (adjectivo)

d) bambo ________________ ( verbo)

e) gago ________________ (verbo)

f) garganta ________________ (verbo)

g) rufo ________________ ( verbo)

h) rezingar________________ (adjectivo)

i) tomar ________________ (nome)

Correcção:

1.

a) a voz do cão

b) a voz da galinha

c) o som de um tiro ou pancada

d) o som de uma pancada ou de uma queda

e) o som do relógio

f) o som da campainha

2.

a) bafejar

b) gargalhada

c) ribombante

d) bambolear

e) gaguejar

f) gargantear

g) rufar

h) rezingão

i) tombo


Little boy putting egg in nestSEI UM NINHO!

Comiam todos o caldo, recolhidos e calados, quando o menino disse:
- Sei um ninho!
A mãe levantou para ele os olhos negros, a interrogar. O pai, esse, nem ouviu. Mas o pequeno, ou para responder à Mãe ou para acordar o Pai, repetiu:
- Sei um ninho!
O Velho ergueu finalmente as pálpebras, e ficou atento também.
A criança, então, um tudo-nada excitada, contou. Contou que à tarde, na altura em que regressava a casa com a ovelha, vira sair um pintassilgo de dentro de um grande cedro.
A mãe bebia as palavras do filho.
Mas o menino continuou. O cedro era enorme, muito grosso e muito alto. A subida levou tempo. Firmava primeiro os braços; e só então as pernas avançavam até onde podiam.
Nem o Pai nem a Mãe diziam nada. Deixavam, apavorados, mudos, que o pequeno chegasse ao cimo. O ninho só tinha um ovo. Depois de pegar no ovo, de contente dera-lhe um beijo. E ao simples calor da sua boca, a casca estalara ao meio e nascera lá de dentro um pintassilgo depenadinho.
E o menino contava esta maravilha com a sua inocência costumada. Por fim pôs amorosamente o passarinho entre a penugem da cama e desceu.
E agora, um nada comprometido, mas cheio de felicidade, sabia um ninho!

Miguel Torga - Contos (adaptado)

1. "Sei um ninho!"
Regista, a partir das palavras que se seguem, o que significa esta frase repetida.
a) satisfação
b) vaidade
c) decepção
d) ansiedade
e) surpresa
f) informação
g) segredo

1.1. Justifica a tua resposta.

2. Quem diz a frase? A quem é dita?

2.1. Qual a reacção que provoca nos dois ouvintes? Com frases extraídas do texto justifica a tua resposta.

3. Como se deu a descoberta do ninho?

4. Que sentimento domina as personagens durante a narração do menino?

5. Faz o levantamento das expressões que caracterizam psicologicamente o menino.

6. Repara na forma como a autor se refere à personagem principal: o menino ( três vezes); o pequeno ( duas vezes); a criança ( uma vez).

6.1. Como explicas esta forma de tratamento?
6.2. Qual te parece mais expressiva?
6.3. Procura justificar o seu emprego quanto ao número de vezes que aparece.

II

1. " A Mãe levantou para ele os olhos negros, a interrogar"

1.1. Classifica morfologicamente e de forma completa as palavras que se apresentam a negrito na frase.

2 . Classifica quanto ao processo de formação as seguintes palavras:

a) Apavorar
b) Pavoroso
c) Pavor
d) Pavorosamente

III
Depois de leres atentamente o texto escreve um pequeno texto onde apresentes qual seria o teu comportamento numa situação idêntica.

1. Lê seguinte texto:

UMA ESTRANHA CIDADE


Lisboa é uma capital remendada por quem não sabe, e a que só o sol confere urna certa mediocridade aceitável. Sem ele o dia a dia seria menos atraente. Não por causa do seu tecido velho, ou melhor, antigo, e até agradável, e até bonito, às vezes, mas dos remendos de pano novo em folha, grosso, agressivo, luxuoso mas, mais frequentemente, novo rico. Vamos por uma rua fora, uma rua de sempre, desbotada, sensata e lá está ele, o remendo cheio de cores novas, de vidraças enormes, de escritórios e empresas, de porta majestosa com porteiro fardado e plantas verdes.
Às vezes acontece passarmos por uma rua onde não passávamos há um, há dois anos, e onde havia um bonito prédio antigo, com loja, com gato à janela, com varanda florida, e já não há prédio, só remendo gritante, violento, deserto à noite.
É uma estranha cidade, Lisboa, e, por este andar, um dia, lá adiante, o Castelo dos mouros e os Jerónimos e a Torre de Belém serão nela coisas anacrónicas e talvez, quem sabe, consideradas ladras de espaço útil. Eis-nos, pois, numa cidade remendada que vai expulsando de si os habitantes antigos e que expulsará mais tarde outros habitantes que serão antigos, e outros e outros, até à perfeição. Talvez venha a ser um dia, se a bomba ou o míssil o consentirem, a primeira capital sem moradores deste mundo.

MARIA JUDITE DE CARVALHO, Crónica
1.1 A partir do texto, forma um campo lexical relativo a cidade, e outro que com ele esteja relacionado.

1.2 Os campos lexicais que formaste são, simultaneamente, famílias de palavras? Justifica.

2. “Lisboa é uma capital remendada”.

2.1. Escreve urna frase onde insiras uma palavra homónima da palavra sublinhada na frase.

2.2. Porque é que estas duas palavras são homónima e não polissémicas?

3. “ a que só o sol confere uma certa mediocridade aceitável.”

3.1. Escreve urna frase em que dês à palavra sublinhada um novo sentido.

3.2 Qual a relação entre estas duas palavras?

3.3. Completa a frase:
Estas duas frases pertencem ao mesmo campo _________________________.

4. A autora do texto faz um relato irónico da cidade de Lisboa, recorrendo a urna linguagem figurada, plena de conotações.

4.1. Retira do texto duas expressões com sentido conotativo.

4.2. Escreve duas novas frases em que as expressões que retiraste do texto apresentem o seu sentido denotativo.

5. Encontra sinónimos e antónimos para as seguintes palavras, tendo sempre em consideração o contexto em que estão inseridas. (Se for necessário consulta um dicionário)

. mediocridade (linha 2)

. estranha (linhal 1)

. consentirem (linhal 6)

6. Encontra um hiperónimo para cada urna das seguintes palavras.

. Lisboa (linha l)

. porteiro (linha 7)

. prédio (linha 9)

6.1. A partir dos hiperónirnos encontrados na questão anterior, forma conjuntos de hipónimos com eles relacionados.





Tópicos de Resolução

1.1 Campo lexical de cidade: Lisboa, capital, rua, vidraças, escritórios, prédio, loja, janela, varanda, espaço, habitantes...

Campo lexical de habitação: vidraças, porta, janela, varanda, prédios, habitantes…
1.2. Não, apenas a palavra habitantes é da mesma família da palavra habitação. Não são famílias de palavras porque não partem da mesma palavra primitiva, não possuem o mesmo radical.

2.1. Aquela empresa tem muito capital para investir.

2.2. Estas duas palavras são homónimas, pois resultam de dois significantes com significados diferentes, são duas palavras totalmente distintas. Só seriam polissémicas se tivessem partido do mesmo significante.

3.1. És o sol da minha vida!

3.2. São palavras polissémicas.

3.3.semântico.

4.1 “Lisboa é uma capital remendada...” (linha 1)
“Não por causa do seu tecido velho (linha 2,3)

4.2 A camisa já estava remendada.
Comprei um tecido velho na feira da ladra.

5. banalidade, vulgaridade/ excepcionalidade
anormal, esquisita/ normal, vulgar
permitirem/ impedirem

6. Capital
Profissão
Construção

6.1. Capital: Lisboa, Paris, Londres, Madrid...
Profissão: pedreiro, médico, professor, contabilista...
Construção: pontes, edifícios, monumentos...


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