Blog da Marlizinha

domingo, 8 de agosto de 2010

ÁFRICA: Um continente esquecido por Deus


Acima, foto de mãe carregando filho, portador do vírus da AIDS, nas cercanias da cidade de Nwanza, ao noroeste da Tanzânia (África).

África: Um Continente Esquecido Por Deus

Quando eu falo da África,
Falo de sofrimento.
Quando eu cito a África,
Cito o esquecimento.
Continente pilhado, dividido
E ocupado pelos países Europeus.
Milhões de africanos escravizados,
Parece que foi esquecido por Deus.
Genocídio em Ruanda.
Ebola no Gabão.
Tirania em Uganda,
Fome e guerra civil no Sudão.
Rivalidades étnicas, lutas coloniais.
HIV devastadora, diamantes, grupos rebeldes,
Falta de prosperidade e paz.
Pobre continente africano!
Pilhado, dividido, ocupado
E arrasado pelos Europeus.
Criancinhas morrendo de fome,
Parece que foi esquecido por Deus.

Autor: Sérgio Ricardo Dos Santos Gomes


O que você sabe?

a) Qual foi a última reportagem que você viu, leu ou ouviu sobre alguma região africana?

b) De que forma a colonização européia provocou mudanças na sociedade e na geografia africana?

c) Quais problemas existem na África citados pelo autor?

d) Comente o último verso escrito pelo autor: "Parece que foi esquecido por Deus".

e) No poema há um verso que diz: "Genocídio em Ruanda", pesquise quais são as raízes dessa guerra, quem são os envolvidos e que consequências ela trouxe para o país?

FONTE:
http://espacoeducar-liza.blogspot.com

A raposa e as Uvas



TEXTO I - A RAPOSA E AS UVAS

Uma raposa estava com muita fome. Foi quando viu uma parreira cheia de lindos cachos de uva.
Imediatamente começou a dar pulos para ver se pegava as uvas. Mas a latada era muito alta e, por mais que pulasse, a raposa não as alcançava.
— Estão verdes — disse, com ar de desprezo.
E já ia seguindo o seu caminho, quando ouviu um pequeno ruído.
Pensando que era uma uva caindo, deu um pulo para abocanhá-la. Era apenas uma folha e a raposa foi-se embora, olhando disfarçadamente para os lados. Precisava ter certeza de que ninguém percebera que queria as uvas.

Também é assim com as pessoas: quando não podem ter o que desejam, fingem que não o desejam.
(12 fábulas de Esopo. Trad. por Fernanda Lopes de Almeida. São Paulo: Ática, 1994.)



TEXTO II - A RAPOSA E AS UVAS

De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos os tempos, saiu do areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral que descia por um precipício a perder de vista. Olhou e viu, além de tudo, à altura de um salto, cachos de uva maravilhosos, uvas grandes, tentadoras. Armou o salto, retesou o corpo, saltou, o focinho passou a um palmo das uvas.
Caiu, tentou de novo, não conseguiu. Descansou, encolheu mais o corpo, deu tudo o que tinha, não conseguiu nem roçar as uvas gordas e redondas. Desistiu, dizendo entre dentes, com raiva: “Ah, também não tem importância. Estão muito verdes”. E foi descendo, com cuidado, quando viu à sua frente uma pedra enorme. Com esforço empurrou a pedra até o local em que estavam os cachos de uva, trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular, e havia o risco de despencar, esticou a pata e… conseguiu! Com avidez, colocou na boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes!

Moral: A frustração é uma forma de julgamento como qualquer outra.
(Millôr Fernandes. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1991. p. 118.)


■ COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO
1. Fábula é uma pequena narrativa, muito simples, em que as personagens geralmente são animais.
a) Na fábula de Esopo, a raposa, com fome, vê “lindos cachos de uva”. Se os cachos eram lindos, por que, então, a raposa diz que as uvas estavam verdes?
b) A raposa, não alcançando as uvas, vai embora. Que fato posterior a esse comprova que a raposa mentia ao dizer que as uvas estavam verdes?

2. As fábulas sempre terminam com uma moral da história, isto é, com um ensinamento.
a) Identifique no texto o parágrafo que contém a moral da fábula de Esopo.
b) Qual das frases abaixo traduz a idéia principal da fábula de Esopo?
( ) Quem não tem, despreza o que deseja.
( ) A mentira tem pernas curtas.
( ) Quem não tem o que deseja, sente inveja dos outros.

3. Compare a versão de Millôr Fernandes à de Esopo.
a) Até certo ponto da história, as duas fábulas são praticamente iguais. A partir de que trecho a versão de Millôr fica diferente da versão de Esopo?
b) Qual é o fato da versão de Millôr que altera completamente a história?

4. A moral da história de Millôr Fernandes é claramente identificada: “a frustração é uma forma de julgamento como qualquer outra”.
a) Consulte o dicionário e veja qual sentido das palavras frustração e julgamento corresponde ao que elas têm no contexto. Depois troque ideias com seus colegas e com seu professor e responda:
frustração:.............................
julgamento:.............................
O que essa moral quer dizer?
b) Qual das frases abaixo traduz a ideia principal dessa moral?
( ) Uma pessoa frustrada não sabe fazer um bom julgamento. acabamos acertando”.
( ) Às vezes, uma mentira acaba expressando uma verdade.
( ) Uma pessoa malsucedida acaba tirando conclusões erradas.


■ A LINGUAGEM DOS TEXTOS
1. Na fábula de Esopo, lemos: “a latada era muito alta e, por mais que pulasse, a raposa não as alcançava”. Em qual das frases abaixo a expressão destacada
tem sentido mais aproximado ao da expressão por mais que?
a) Uma vez que pulava, a raposa não as alcançava.
b) A não ser que pulasse, a raposa não as alcançaria.
c) Mesmo que pulasse, a raposa não as alcançaria.
d)Quando pulava, a raposa não as alcançava.

2. Na mesma fábula se lê: “Precisava ter certeza de que ninguém percebera que queria as uvas”. Nessa frase, sem alterar o sentido, a parte destacada pode ser substituída por outra expressão: “Precisava estar certa de que…”.
Faça o mesmo com as frases a seguir:
a) Precisava ter segurança de que alcançaria os cachos de uva.
b) Precisava ter confiança de que conseguiria dar os saltos.
c) Precisava ter disposição para saltar em direção às uvas.

3. Em seu texto, Millôr Fernandes empregou as expressões fome de quatro dias e gula de todos os tempos.
a) Qual a diferença entre fome e gula?
b) O que significa gula de todos os tempos?

4. A palavra nem é o resultado da soma de duas outras palavras de nossa língua: e + não. Por exemplo:
“Não pagou a conta nem (e não) deu nenhuma explicação ao garçom”. Entretanto, há casos em que essa palavra ganha outro sentido. Por exemplo, em “não conseguiu nem roçar as uvas gordas e redondas”, do texto de Millôr, a palavra nem tem o sentido de sequer. Em qual das frases abaixo a palavra nem tem o mesmo sentido que na frase de Millôr?
a) A raposa não alcançou as uvas nem pegou nenhuma outra fruta naquele dia.
b) Não ganhei nem um “obrigado” pelo que fiz.
c) Nem estudou, nem fez a lição de casa, nem nada.

CRUZANDO LINGUAGENS


1. A tira de Bill Watterson acima mostra a personagem Calvin em uma situação que lembra a fábula de Esopo.
A) Por que Calvin, até certo ponto, se assemelha à raposa?
B) Em qual cena ou situação a história de Calvin fica diferente da história da raposa? Por quê?

2. Você conhece o provérbio “Quem não tem cão, caça com gato”?
a) O que ele quer dizer?
b) Se quiséssemos empregar esse provérbio como título de uma das três histórias, a qual ou quais delas ele seria mais adequado? Por quê?


FONTE: Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães

O Lobo e o Cordeiro (Monteiro Lobato)



Estava o cordeiro a beber água num córrego, quando apareceu um lobo esfaimado, de horrendo aspecto.
─ Que desaforo é esse de turvar a água que venho beber? ─ disse o monstro, arreganhando os dentes. ─ Espere que vou castigar tamanha má-criação!...
O cordeirinho, trêmulo de medo, respondeu com inocência:
─ Como posso turvar a água que o senhor vai beber se ela corre do senhor para mim?
Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta, mas não deu o rabo a torcer.
─ Além disso ─ inventou ele ─ sei que você andou falando mal de mim no ano passado.
─ Como poderia falar mal do senhor o ano passado, se nasci este ano?
Novamente confundido pela voz da inocência, o lobo insistiu:
─ Se não foi você foi seu irmão mais velho, o que dá no mesmo.
─ Como poderia ser seu irmão mais velho, se sou filho único?
O lobo, furioso, vendo que com razões claras não venceria o pobrezinho, veio com razão de lobo faminto:
─ Pois se não foi seu irmão, foi seu pai ou seu avô!
E ─ nhoque ─ sangrou-o no pescoço.

* # * # * #Contra a força não há argumentos.# * # * # *


- Após a leitura da fábula, responda as questões abaixo:

1. Qual a real intenção do lobo?

2. Como reage o cordeirinho diante das calúnias do lobo?

3. Quais as armas do lobo para se sair vitorioso?

4. Interprete a moral da fábula e escreva pelo menos duas outras frases que poderiam substituí-la.

5. Se, de acordo com o ponto de vista do lobo, o forte sempre vence pois o mundo é dos espertos, como seria a história contada do ponto de vista do cordeiro??

6. Reescreva a história , criando um outro ponto de vista. Como o cordeiro poderia ganhar do lobo? Elabore então uma situação , um diálogo e a linha moral do final, pensando na perspectiva do cordeiro.

FONTE: http://desmontandotexto.blogspot.com/

Poema com Verbos

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